Eleições

Partidos de olho em 2024

A menos de um ano e meio das eleições, siglas começam a se movimentar para disputa do governo de Pelotas

Fotos: Divulgação - Alguns nomes já são cotados para representar partidos nas próximas eleições


A 505 dias das eleições municipais de 2024, os partidos políticos já começam a se mobilizar em Pelotas. Além da definição das chapas que disputarão contra a candidatura da situação, paira ainda a dúvida sobre quem será o escolhido pelo grupo político liderado pelo PSDB para suceder a atual prefeita, Paula Mascarenhas, que não poderá se candidatar à reeleição.

Por enquanto, a definição mais clara é do Progressistas (PP), que afirma estar trabalhando em uma candidatura ao Executivo em uma frente com partidos de direita. No lado do governo, o discurso é de que a vaga está em aberto e, na esquerda, a busca é por uma unidade que leve uma frente com unidade ao segundo turno.

Situação indefinida

O presidente do PSDB, Flávio Ferreira, afirma que a liderança no processo de formatação para a eleição que vem é a própria prefeita Paula, que já começou a se reunir com aliados da coligação de centro-direita. Ferreira diz, ainda, que o objetivo é manter a base de partidos e ampliar com outros partidos que não são oficialmente de situação. "Estamos preparando um rol de nomes dos mais variados perfis para análise", diz, explicando que o nome que encabecerá a chapa será decidido a partir de pesquisas.

Se o PSDB evita anunciar um nome, entre siglas aliadas já há pré-candidatos. É o caso do União Brasil e do PSD, que pretendem apresentar possíveis concorrentes para o grupo de partidos. No PSD, o nome com pretensão de disputar é o de Carlos Júnior, vereador que assumiu esta semana uma assessoria especial na Prefeitura.

No União Brasil, partido com mais representantes no Legislativo atual, a disputa é maior, com dois pré-candidatos: a presidente da legenda Maíra Lessa e o vereador Marcos Ferreira, o Marcola, líder do governo na Câmara. Maíra diz que o objetivo da sigla é manter as cadeiras na Câmara, mas também pleitear o Executivo. Ela não descarta, no entanto, buscar outros aliados.

Os outros partidos da base com representação no Legislativo, o Cidadania, que é federado com o PSDB, e o Podemos, entendem que não é o momento para buscar a Prefeitura e dizem manter o foco em construir nominatas para a Câmara.

Fragmentos à esquerda

No campo de esquerda, o cenário segue indefinido e os quatro partidos com representatividade no Legislativo projetam candidaturas próprias. Há consenso, no entanto, sobre a necessidade de uma frente de centro-esquerda. A avaliação é de que o desgaste de um mesmo grupo político estar há 20 anos no governo facilita o caminho para candidaturas alternativas.

Presidente do PT e candidato a prefeito em 2020, Ivan Duarte afirma que o partido terá novamente um concorrente, embora ainda não haja nome determinado. A definição é projetada para os próximos meses. Segundo Duarte, que chegou ao segundo turno contra Paula, a eleição do presidente Lula em 2022, recebendo a maioria dos votos de Pelotas, facilita o caminho para uma frente de esquerda em 2024.

No PSOL, a prioridade no momento é a construção de um programa eleitoral e a criação de nominata para o Legislativo com representantes de movimentos sociais, afirma o presidente Julio Domingues. O partido chega fortalecido por ter eleito os dois vereadores mais votados em 2020. Domingues diz que vai continuar discutindo com partidos ideologicamente próximos a possibilidade de formar uma chapa ao Executivo, mas não descarta a possibilidade de lançar candidatura própria.

O presidente do PSB e atual presidente da Câmara, Cesar Brisolara, o Cesinha, afirma que a orientação nacional do partido é por se ter candidatura própria ao Executivo. Ao longo do mandato, no entanto, os socialistas se aproximaram de partidos da base do governo. Sobre o diálogo com outros partidos, Cesinha afirma que a tendência é a aproximação com outros partidos ideologicamente próximos.

O PDT também almeja ter candidatura ao governo. O presidente do partido, Reginaldo Bacci, diz que será candidato e que o partido focará na formação de uma nominata forte para a Câmara. Bacci avalia que é necessário formar uma frente de centro-esquerda, mas que nomes de partidos mais estigmatizados no espectro político, como o PT, inviabilizariam uma vitória no primeiro turno.

As definições para as eleições do ano que vem, no entanto, vão depender de um novo fator: a existência de federações partidárias, que obrigarão as siglas a estarem unidas no pleito. No nível nacional há, atualmente, a possibilidade de PSB e PDT formarem uma federação. No cenário local, o discurso dos presidentes dos partidos é de que é possível diálogo para a criação de plataforma conjunta para 2024. Além disso, o PT já está federado com o PCdoB e o PV, e o PSOL está federado com a Rede.

União à direita

No campo da direita, o cenário é mais claro. Pelo menos é o que sinaliza o PP, que assegura que terá candidato ao Executivo. Hoje com dois representantes na Câmara, o partido tende a lançar o vereador Rafael Amaral e já dialoga com outras agremiações de direita. Na eleição passada, o candidato do Progressistas foi o ex-prefeito Adolfo Fetter Júnior, que ficou em terceiro no primeiro turno. O presidente do partido, Paulo Grigoletti Gastal, diz que o diálogo está aberto com outros grupos para formar uma frente de direita.

Quem tem representatividade na Câmara hoje

União Brasil - 4 vereadores
PSDB - 3
PSB - 2
PP - 2
PDT - 2
PT - 2
PSOL - 2
PSD - 2
Cidadania - 1
Podemos - 1

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