Governo
Pelotense é anunciado na equipe de transição do governo Lula
Ederson Pinto da Silva integra equipe do setor da pesca
Foto: reprodução - DP - Ederson já ocupou cargos no governo do Estado e em Rio Grande
Por Helena Schuster
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(estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)
Um pelotense está entre os 162 nomes recém-anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do grupo de transição, Geraldo Alckmin (PSB) para compor o grupo. É Ederson Pinto da Silva, indicado para a equipe do setor da Pesca. Natural da Colônia Z-3 e nascido em uma família de pescadores, já foi diretor-geral do departamento de Pesca, Aquicultura, Quilombolas e Unidades Indígenas da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, durante o governo de Tarso Genro, entre os anos de 2011 e 2012.
Em seguida, o gestor ambiental também exerceu o cargo de Secretário de Pesca no município de Rio Grande, durante a gestão do então prefeito e atual deputado federal eleito, Alexandre Lindenmeyer (PT). Em Pelotas, Silva também trabalhou no serviço de apoio à pesca artesanal, na gestão de Fernando Marroni (PT), e foi um dos criadores da Feira do Pescador.
"É uma satisfação imensa ter sido convocado para compor essa equipe. É um senso de alegria, mas também de muita responsabilidade", observa Silva. O pelotense é o único gaúcho no grupo específico da área da pesca, que conta com oito integrantes. "Para quem vem de uma família de trabalhadores artesanais e lutou sempre para se qualificar, é uma alegria imensa ter o trabalho reconhecido", celebra.
Muito trabalho pela frente
O Ministério da Pesca e Aquicultura no país foi criado em 2009, durante o governo Lula, e extinto na reforma ministerial de 2015, no governo de Dilma Rousseff (PT). Desde então, a pasta passou a ser uma secretaria do atual Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Durante a campanha eleitoral, Lula não descartou a possibilidade de recriar o Ministério.
Silva explica que, independentemente das decisões a serem tomadas no futuro, o trabalho da equipe de transição é de levantar um diagnóstico da situação atual da pesca no país que, segundo ele, é delicada. "O nosso papel é fornecer as informações para o próximo governo tomar decisões e a gente começa esse trabalho num cenário de muita dificuldade para o setor".
O especialista avalia que a falta de informações é um dos principais problemas. "A pesca no Brasil, hoje, está no escuro. Não se sabe quanto o país produz de pescado, não têm estatísticas pesqueiras e não se sabe quantos pescadores existem". Silva destaca, ainda, que o cenário é conflituoso, especialmente para os pescadores artesanais. "Existem vários conflitos pelo Brasil inteiro, principalmente no que se refere à pesca artesanal. O que precisamos fazer agora é pacificar e dialogar, para que, junto ao setor e a outros órgãos, seja possível pensar nos rumos que serão tomados pela pesca", finaliza.
Saiba mais sobre a formação de Ederson
- Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental no, então, Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas (Cefet/RS)
- Especialização em Gestão Pública na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- Especialização em Gestão de Projetos Sociais no Centro Universitário Leonardo da Vinci
- Mestrado em Gerenciamento Costeiro na Universidade Federal do Rio Grande (Furg)
- Doutorado em Educação Ambiental na Furg
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