Trânsito

ALRS instala Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro

Nos três primeiros meses de 2023, o Estado registrou a morte de 400 pessoas em acidentes

Foto: Divulgação - Pelotas registrou 39 acidentes no ano passado


Conforme dados do Detran, nos três primeiros meses deste ano, mais de 400 pessoas perderam a vida nas ruas e estradas do Rio Grande do Sul. Este foi um dos motivos para a instalação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, que pretende discutir e propor medidas para reduzir a violência no trânsito do Rio Grande do Sul. A proposta é do deputado Gustavo Victorino (Republicanos). Em Pelotas, no ano de 2022, foram registradas 42 mortes (rodovias estadual, federal e municipal), vítimas de 39 acidentes de trânsito, conforme dados do relatório de Acidentalidade do RS.

A ideia é de que a frente se torne um fórum de debates para que o Plano Nacional de Redução e Mortes no Trânsito seja alcançado. “O desafio é salvar vidas”, anunciou Victorino, que vai presidir o órgão técnico. Ele destacou que a Assembleia, em legislatura passada, realizou esse debate que agora será retomado. “O trânsito em nosso Estado, a exemplo do País, precisa de aperfeiçoamento e dedicação de todos”, disse, observando que apenas as multas não evitam mortes, “precisamos de educação”, defendeu, antecipando que este será o foco de atuação da Frente Parlamentar.

Presente no ato de instalação, o diretor-geral do Detran, Mauro Caobelli, defendeu a educação e referiu as ações de fiscalização da Balada Segura, que evidenciam “o quanto estamos longe da prevenção da alcoolemia”, contando abordagem que participou e flagrou um casal alcoolizado conduzindo um bebê no banco traseiro. “A estrada é longa e não é só de uma entidade, mas de cada um de nós e dos órgãos de fiscalização fazendo o seu papel”, afirmou.

Pelo comando da Polícia Rodoviária Estadual, o tenente-coronel Inácio Cayê destacou levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, que constatou que 90% dos acidentes são provocados por causas humanas, apenas 5% são causas veiculares e 5% são causas de imperfeições na via, o que mostra a necessidade da educação para prevenir os acidentes. Roger Lemos, da Polícia Rodoviária Federal, destacou o empenho da corporação em reduzir as 40 mil vidas perdidas anualmente no País.

O diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramirez, representando a secretaria de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, destacou que aos 26 anos da legislação de trânsito no País, os crimes de trânsito devem ser tratados com seriedade, o que demanda atuar na educação e também na responsabilização daqueles que desrespeitam as normas e não respeitam a vida.

Ramirez observou que os executivos municipais devem tratar a segurança viária como política pública, pedindo empenho da FP nesse sentido. Referiu as mortes, que em Porto Alegre, em 2022, foram 72 pessoas, e também as vítimas que sobrevivem aos acidentes de trânsito, que no Hospital de Pronto de Socorro ocupam de 40 a 50% dos leitos de UTI. Apontou a fiscalização como fundamental. “Temos visto no trânsito de Porto Alegre crescimento de infrações, seja no sinal vermelho e excesso de velocidade”, disse.

No país
Segundo informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o total de registros de acidentes nas rodovias federais em 2022 foi de 64.447, sendo que 52.948 deles acabaram com vítimas (mortos ou feridos).

Perfil
Ainda de acordo com os dados da CNT, os acidentes e mortes acontecem com maior frequência nos finais de semana. Somados, os três dias - sexta, sábado e domingo -, representam quase metade dos registros de sinistros (48%) e pouco mais da metade do número de mortes (53,7%). Dentre as pessoas envolvidas, prevalecem aquelas acima de 45 anos de idade (28%), sendo que o sexo masculino corresponde a 70% dos envolvidos e 81% do número de óbitos.

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