Latrocínio

Ato pede justiça pela morte de jovem empreendedor em Pelotas

Familiares e amigos de Henrique Raffi protestam em frente a DPPA

Foto: Jô Folha - Rua Professor Araújo foi fechada em ato por Justiça a Raffi

“Eu vou viver para ver a justiça sendo feita”, disse uma mãe, Simone Raffi, que está com o coração dilacerado pela perda precoce do filho Henrique, de 24 anos, morto no último dia 28, após tentar evitar um assalto na Zona Norte de Pelotas. Ela juntou todas as forças que podia para ir em carreata, nesta sexta-feira (5), que saiu da avenida Fernando Osório e foi até a frente da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Com faixas, cartazes e balões pretos, familiares, amigos e clientes do jovem empreendedor gritaram por justiça. Ao longo do percurso, muita gente se juntou ao ato.

A rua Professor Araújo ficou interrompida por alguns minutos para sensibilizar a população. Uma minoria não gostou e reclamou, mas a grande parte dos motoristas apoiou o ato com buzina, pois pelas faixas tiveram noção de como era a personalidade da vítima de latrocínio, retratada por frases ao lado de imagens com o rosto do jovem. 

O pai Mario Luiz Valerão Raffi, 56, acompanhou todo o ato. A todo momento, recebeu abraços dos amigos. Ainda muito emotivo, contou à reportagem que Raffi era a alegria da casa. “Estava sempre sorrindo. Um guri que onde ia alegrava todo mundo. Sempre de boa. É muito difícil”, disse. O jovem, que tinha só mais um ano para concluir o curso de Direito, segundo o pai, era um grande empreendedor, inteligente, criativo para vídeos e propagandas.

Henrique Raffi teria sido vítima de uma emboscada. Segundo a mãe, que trabalha junto em uma loja de celular, um motoboy fazia as entregas, mas, por vezes, o jovem ia para mostrar credibilidade. Desta vez, uma pessoa ligou insistindo na entrega em um endereço perto do estabelecimento, mas ao chegar ao local, o empreendedor descobriu que foi enganado. Ao sair de lá, foi cercado por dois homens que pediram o celular. A vítima tentou entrar e fechar o carro, mas foi alvejada no tórax. Raffi ainda conseguiu conduzir seu carro por alguns metros, mas bateu em uma árvore. “Eu quero que a justiça seja feita e que os criminosos saibam que há punição para esse ato que destruiu toda uma família. Hoje sou eu. Amanhã pode ser outra mãe a sentir essa dor que estou sentido agora”, desabafou Simone. O ato seguiu em frente ao Foro de Pelotas.

Investigação

O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), delegado Rafael Lopes, disse que estão investigando o crime, analisando as evidências e que denúncias podem ser feitas pelo celular (53) 98427-2216.

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