Alerta
Caminhões representam 30% dos acidentes registrados pela Ecosul
Em agosto foram pelo menos seis tombamentos nas BRs 116 e 392, que resultaram em bloqueio de pista e engarrafamentos
Foto: Divulgação - Animais na pista são a causa de 4% dos acidentes
Um animal na pista provocou um acidente no final da madrugada desta sexta-feira (1º) com um caminhão, no quilômetro 521 da BR-116, próximo à Barragem Santa Bárbara. Ao desviar do cavalo, o condutor colidiu na mureta da ponte e tombou na pista no sentido Norte, ficando atravessado. O trânsito precisou ser desviado no sentido Sul, gerando engarrafamento e depois lentidão, uma vez que toda a carga de ração precisou ser recolhida da via. O animal morreu na hora, o condutor ficou ileso e a liberação da pista ocorreu quase duas horas após o acidente.
A ocorrência deste início de setembro se soma a pelo mesmo outras seis registradas em agosto envolvendo tombamentos nas rodovias da região sul do Estado. Pelo levantamento da Concessionária Ecosul, só na área de abrangência, dos 212 acidentes ocorridos entre janeiro e julho, 30%, ou seja, 64 envolveram esse tipo de veículo. O percentual segue a média de anos anteriores, com destaque para 2018 e 2021, quando o envolvimento de veículos de cargas foi de 37%.
Ainda pelo levantamento da Concessionária, as cinco naturezas com mais acidentes envolvendo caminhões são abalroamento transversal (20%), colisão traseira (20%), saída de pista (18%), tombamento (10%) e colisão frontal (9%). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no comparativo entre 2022 e 2023, os acidentes com caminhões na área da 7ª Delegacia da PRF passaram de 80 para 84, sendo que colisões traseira são a maioria.
Na lista das causas dos acidentes, mesmo que seja 4%, animal na pista (motivo do último ocorrido na BR-116), causa preocupação na Ecosul, que desde 2012 tem ativa a campanha Viver é o Bicho. O objetivo é promover a conscientização dos usuários e lindeiros das rodovias sobre os perigos acarretados pelos animais soltos nas rodovias. As equipes operacionais recebem treinamento sobre a correta abordagem de animais. Após as aulas teóricas o grupo passa para a parte prática, com a presença dos animais e simulações de abordagem.
Como funciona?
A concessionária trabalha sistematicamente com a conscientização dos proprietários, lindeiros à rodovia, sobre a conservação das cercas e o cuidado com os animais. Após a captura, os animais são encaminhados para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Além da apreensão do animal, é necessário verificar qual a causa da fuga, como por exemplo, a má condição do local, cerca danificada ou porteira aberta. Em seguida o proprietário é notificado. O animal é tratado, medicado e é inserido chip para monitoração e identificação. O dono tem o prazo de 60 dias para retirar o animal, mediante pagamento dos custos de tratamento realizado pelo Hospital Veterinário.
Outro movimento
A fim de proteger os profissionais que atuam salvando vidas na prestação de atendimento médico em acidentes rodoviários, além das equipes de socorro mecânico, de obras e de manutenção, a Ecosul aderiu ao “Movimento Afaste-se”, lançado pela CCR Rodovias. Isso porque é comum ver nas pistas alguns motoristas que, ao avistarem um atendimento a acidente em rodovia, por exemplo, se aproximam por curiosidade. Ocorre que esse comportamento coloca em risco a segurança das equipes e de todos que trafegam na via. Por isso, a importância da conscientização.
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