Índices
Estado registra queda em feminicídios e latrocínios
Em mortes violentas, Pelotas teve um aumento de 200%, passando de 4 (2022) para 12 (2023), nos primeiros três meses do ano. Em feminicídio, passou de um para dois
Foto: Marcos Santos - USP - Feminicídio ainda é um dos crimes mais desafiadores para a segurança do estado
O Estado, conforme dados do Observatório de Segurança Pública, encerrou o primeiro trimestre de 2023 com redução nos casos de feminicídios, um dos crimes mais desafiadores para a segurança pública do Estado. Entre janeiro e março deste ano, foram 24 ocorrências (destas, duas são de Pelotas) representando uma queda de 14,3% em relação ao primeiro trimestre de 2022. Apenas uma das vítimas possuía medida protetiva vigente. Nos primeiros três meses do ano passado, 28 feminicídios (um em Pelotas) foram registrados no RS. Rio Grande não registrou feminicídios em nenhum dos períodos.
Assim como o feminicídio, o latrocínio, um dos crimes de maior gravidade, também fechou em queda de 14,3% neste primeiro trimestre de 2023. No acumulado entre janeiro e março de 2023, foram 12 ocorrências registradas contra 4 (uma em Rio Grande e uma em Pelotas) em igual período de 2022.
Homicídios
Embora o primeiro trimestre tenha registrado uma oscilação na taxa de homicídios com alta de 4,6% no Estado, as ações estratégicas adotadas pela SSP, que envolvem desde o mapeamento diário das ocorrências como reforço do policiamento em áreas específicas, já resultaram na diminuição de mortes violentas, no último mês de março. Enquanto a redução foi de 2,5% no RS, em Porto Alegre, o indicador caiu 26%, no mês passado.
Pelotas
Pelotas apresentou um acréscimo no número de mortes violentas se analisados os três primeiros meses do ano, de 2022 a 2023, passando de quatro (um feminicídio e um latrocínio) para 12 mortes (dois feminicídios) um aumento de 200%. “Quando nós compararmos com os primeiros meses do ano passado, realmente indica um aumento bastante expressivo. Mas, olhando a série histórica maior, é possível identificar uma certa estabilidade, com algumas oscilações em alguns meses, mas todas muito próximas da mediana, dos últimos sete anos.”, destacou o coordenador do Observatório de Segurança Pública e Prevenção Social de Pelotas, Samuel Rivero.
Rio Grande
Em Rio Grande, uma das cidades com maior número de mortes violentas no ano passado, que chegou a um acumulado de janeiro a dezembro, de 99 casos, apresentou redução de 51%, no período de janeiro a março, se comparados o ano passado e este ano. Conforme o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas, Alexandre Mesquita, em 2023, Rio Grande já ostenta uma acentuada redução, sendo de 66% em janeiro, 62% em fevereiro e 14% em março, comparado com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, esse primeiro trimestre tem redução de 51% em comparação ao mesmo período ano passado, passando de 37 para 19 mortes violentas. Nesta mesma comparação, houve um latrocínio em 2022 e nenhum este ano.
O policial destaca que dos 12 crimes violentos, cinco são decorrentes de confronto com forças policiais. “Eles acabam entrando nas estatísticas de crimes violentos letais intencionais, mas diferem dos demais por terem se dado em outro contexto, de, em princípio, resposta a uma agressão violenta”, observou o delegado, apontando ainda que dos outros sete em março, quatro até o momento não aparentam ter relação com conflito entre as organizações criminosas. Em abril Rio Grande ainda não registrou morte violenta.
Roubo de veículos em queda
Seguindo a tendência de queda, o trimestre também foi marcado pela redução de roubos de veículos no Rio Grande do Sul, chegando a 8,5%. Ao todo,103 ocorrências a menos deixaram de ser registradas nestes três meses, ante igual período de 2022. Já os crimes de roubo em geral também caíram no Estado, registrando queda de 7,2%.
Além destes indicadores, os primeiros três meses do ano também fecharam com redução nos crimes de roubos e furtos em geral, roubos de veículos, abigeato e o transporte público. Neste período, o Governo do Estado ainda confirmou o chamamento de 1,3 mil novos servidores para a área da segurança pública, entre brigadianos, policiais civis, bombeiros e policiais penais.
Ônibus
Os indicadores de roubo a transporte coletivo também caíram 33,7% no primeiro trimestre no RS. Foram 126 ocorrências no acumulado, contra 190, no mesmo período de 2022.
Abigeato
No meio rural, a diminuição de crimes de abigeato chegou a 222, neste primeiro trimestre de 2023, queda de 19,8% em comparação com igual período do ano passado.
Rede bancária
Com relação à rede bancária, foram registradas três ocorrências a mais neste trimestre (50%), em comparação com os primeiros três meses de 2022. Mesmo com a elevação da estatística, a maioria dos crimes é relacionada ao furto e arrombamento, que resultaram somente na subtração de objetos e materiais das agências, não sendo subtraídos valores dos caixas, quantias em dinheiro e acesso ao cofre. Em nenhum dos casos houve reféns ou vítimas.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário