Segurança
Feminicídio cai 18,2% em janeiro no RS
Ainda em janeiro os indicadores de estupro reduziram 13,2%, em comparação com o mesmo mês de 2022.
Divulgação - Índices de feminicídio ainda são um desafio para o Estado
Por Anete Poll
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Um dos crimes mais desafiadores para a segurança pública do Estado, os feminicídios, caíram 18,2% no primeiro mês de 2023. O número é o mais baixo para o mês de janeiro dos últimos quatro anos. Nenhuma das vítimas, nove em todo Estado, possuía medida protetiva vigente. Janeiro também foi marcado pelo registro dos menores indicadores criminais da série histórica de ataques a banco, transporte e abigeato.
Com relação aos feminicídios, mesmo com a redução dos casos, as forças de segurança seguem em alerta. Além da adoção permanentemente de novas estratégias de proteção para as mulheres, o Estado reforça a importância para a realização de denúncias contra a violência doméstica, que auxiliam cada vez mais os agentes a tomarem conhecimentos dos crimes para agirem em defesa das vítimas.
Em dezembro foi inaugurada a Delegacia Online da Mulher. Criada pelo Departamento de Tecnologia da Informação Policial (DTIP) da Polícia Civil, através da Divisão de Assessoramento Especial e da Delegacia Online, a iniciativa é mais uma forma da mulher buscar ajuda, em qualquer horário ou local. A ideia consistiu em abrir um espaço digital como mais uma forma de ajudar as mulheres a romperem o ciclo de violência. Por meio da página, é possível registrar casos de violência e o descumprimento de medidas protetivas, por exemplo.
Além disso, o Programa de Monitoramento do Agressor está em mais uma fase para sua implantação. No final de janeiro iniciou o treinamento da equipe da Polícia Civil e Brigada Militar que atuarão no projeto. A iniciativa consiste na disponibilização de duas mil tornozeleiras eletrônicas que serão utilizadas em agressores que cumprem medidas protetivas da Lei Maria da Penha e mostram potencial de risco para a mulher.
Estupro
Em janeiro os indicadores de estupro reduziram 13,2%, em comparação com o mesmo mês de 2022. As ameaças contra mulheres ficaram em estabilidade, a queda de 0,3% representa nove casos a menos em 2023. Já as lesões corporais tiveram uma alta de 5,9%. As autoridades reforçam a importância das denúncias, para possibilitar a ação policial logo aos primeiros sinais de abuso, de forma a romper o ciclo de violência antes que ele se encerre em um feminicídio. Em caso de emergências, o canal é o 190 da Brigada Militar. Suspeitas sobre agressões e abusos também podem ser comunicadas 24 horas por dia pelo Disque Denúncia 181, pelo Denúncia Digital no site da SSP e pelo WhatsApp da Polícia Civil: (51) 98444-0606. Em todos os casos, o anonimato é garantido.
Latrocínios
Com um caso em janeiro de 2023, os índices de latrocínio chegaram ao menor patamar da série histórica. Frente aos quatro casos registrados no mesmo período do ano anterior, a queda é de 75%.O único caso registrado no Estado foi na capital. Em 2022 Porto Alegre não havia registrado esse tipo de crime.
Homicídios
No Estado como um todo, também foram computados dois homicídios a mais em janeiro, em comparação a 2022, alta de 1,8%.
Roubo de veículos em queda
Em janeiro, o roubo de veículos teve 30 casos a menos em comparação entre períodos iguais. Enquanto em janeiro de 2022 foram registrados 390 roubos de veículos, em 2023 foram 360 casos, uma redução de 7,7%.
Menores indicadores da história
Reforçando a redução apresentada nos últimos meses no Estado, o primeiro mês de 2023 finalizou com mais um índice histórico nos roubos a transporte coletivo. Foram 35 casos em janeiro, o menor número desde 2012, quando este crime passou a ser contabilizado separadamente e 57,3% menor em comparação com os 82 casos ocorridos em 2022.
Assim como os índices no transporte coletivo, os abigeatos também encerraram janeiro com queda histórica. Os 221 casos registrados em 2023 representam o menor número da série histórica. O total é 37,7% menor que os 355 registrados em janeiro de 2022.
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