Lembrança
Nove anos sem Cláudia Hartleben
Desaparecimento da professora, no dia 9 de abril de 2015, ainda é um mistério; caso foi arquivado quatro anos depois
Divulgação - Jaleco e pertences da professora ainda permanecem no Laboratório de Biotecnologia da UFPel
Há nove anos, a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cláudia Hartleben, na época com 47 anos, desapareceu da cidade e da vida de muitas pessoas que até hoje sentem sua falta. Foi vista pela última vez por volta das 23h, indo para casa, na avenida Fernando Osório. Depois disso, nem notícia, nem vestígios, muito menos um corpo que pudesse concretizar um fato. Um crime. Foram quatro anos de intensa investigação, com o indiciamento de suspeitos, mas que não foi adiante após o arquivamento do caso em março de 2019, a pedido do Ministério Público, embora a promotoria apontasse para o homicídio com ocultação de cadáver. Sem nenhum indício que motivasse a reabertura das investigações, segundo a Delegacia de Homicídios de de Proteção à Pessoa (DHPP), as lembranças se restringem aos lugares que levam o nome da docente.
O Centro de Referência ao Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Cláudia Pinho Hartleben é um deles. Há um ano ganhou espaço maior o que viabilizou o atendimento de mais mulheres. O outro é o Laboratório de Biotecnologia, no Campus Capão do Leão, onde ela ministrava aulas. "Ela está sempre viva em nossa memória. Na minha sala tem jaleco e a faixa dela pendurada nas paredes", disse a professora do Curso de Biotecnologia, Mariana Remião, ao destacar que os pertences de Claudia permanecem até hoje no Laboratório. "Ela faz parte da nossa rotina."
Relembre o caso:
No dia 9 de abril de 2015, a professora retornava para casa, no bairro Três Vendas, onde morava com o filho. Segundo testemunhas, ela teria chegado ao destino, mas depois não foi mais vista. O seu desaparecimento foi notificado no dia seguinte. Na época, o então promotor de Justiça, José Olavo dos Passos, e o titular da DHPP, Félix Rafanhim, deram início a uma investigação que durou quatro anos - passando pelo indiciamento de duas pessoas, mas a Justiça negou por falta de provas - e terminou com o arquivamento do processo. O intrigante sumiço, segundo apontou as investigações na ocasião, é de que a professora não teria motivos para tal, pois havia uma lista de afazeres no dia seguinte. Até hoje o corpo de Cláudia Hartleben não foi encontrado.
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