Movimento

Polícia Civil paralisa atividades por 48 horas em todo Estado

Protesto da categoria cobra reposição salarial e pede abertura de negociação com o governo

Foto: Divulgação - PC - Policiais vão atender somente flagrantes e casos mais graves

Servidores da Polícia Civil prometem iniciar na terça-feira (8), a partir das 8h, uma paralisação que deve durar até as 20h de quarta-feira em todo o Estado. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores, e Investigadores de Polícia Civil (Ugeirm) vem sendo programado desde julho, quando um documento informado do ato foi entregue ao chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, após deliberação sobre a paralisação, onde ainda foi solicitado ao delegado a intermediação junto ao governo para uma negociação com a categoria. Segundo o presidente do Ugeirm, Isaac Ortiz, o objetivo é chamar atenção da sociedade para a atuação dos policiais.

Em Pelotas, conforme o representante do sindicato, Tiago Vieira, a categoria também decidiu por aderir ao movimento. “A Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento vai atender somente os casos graves, sendo que as demais delegacias estarão paradas, sem realizar ações.” O Ugeirm alega existir um impasse com o Palácio Piratini em torno das reivindicações dos policiais. Uma das principais reclamações é sobre a valorização salarial, afirma Ortiz. “A categoria está há um ano e meio sem promoções, cinco anos com reposição salarial de 6%, reajuste salarial zero, confisco de salário com a reforma do IPE, quebra da equiparação salarial entre os comissários de polícia e os capitães da BM, ainda com a base do governo tentando barrar a tramitação do PL da paridade e da integralidade na CCJ”, argumenta o sindicalista.

Ortiz ressalta que, no entanto, a categoria tem ajudado a reduzir os índices de violência no Estado. “Tivemos queda de 17,2% no número de latrocínios, de 32,2% no número de feminicídios, de 10% dos roubos de carros, de 14,7% dos roubos no transporte coletivo e queda de 17,9% dos roubos no campo”, enumera. Segundo ele, a partir de hoje os servidores da Polícia Civil permanecerão na frente das delegacias e no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, conversando com a população e pressionando o governo.

A paralisação
A mobilização da corporação foi definida em uma reunião do conselho de representantes da Ugeirm, com apoio da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) e Associação dos Comissários de Polícia do Estado (ACP), que definiu os serviços que continuarão sendo atendidos.

A orientação do sindicato é para que não haja circulação de viaturas, com todas permanecendo paradas no órgão a que pertencem. Também não devem ser cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão, nem oitivas, remessas de inquéritos policiais ao Ministério Público, operações policiais, serviços cartorários, entregas de intimações e demais procedimentos de polícia judiciária.

“As delegacias de plantão deverão atender somente os flagrantes e casos de maior gravidade como homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil”, afirma Ortiz.

A reportagem não obteve resposta do governo com posicionamento sobre a paralisação dos policiais civis.

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