Reconhecimento

Estudantes da Furg conquistam competição nacional de robótica

Acadêmicos superaram, em São Paulo, a atual campeã mundial da modalidade

Foto: Divulgação - DP - Grupo vem recebendo reconhecimento cada vez maior

A equipe de robótica Butiá BOTS (FBOT), formada por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do Instituto Federal (IFRS) conquistou o primeiro lugar na categoria "@home" durante a Competição Brasileira de Robótica, realizada em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Durante a disputa final, a FBOT enfrentou a atual campeã mundial da modalidade: a Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros (FEI), que tinha a vantagem de estar no seu campus e com a torcida a seu favor.

De acordo com o coordenador da equipe, Paulo Drews, "as conquistas são sempre especiais e trazem a motivação e os desafios, pois somos agora o time a ser batido", destacou o professor do Centro de Ciências Computacionais (C3). Já Rodrigo Guerra, integrante da coordenação do time, destacou o seu sentimento: "É de orgulho, da certeza de que esses alunos estão prontos para atuarem na sociedade, e inovarem enfrentando problemas do mundo real".

Em virtude dos cortes orçamentários nas universidades públicas, a ida dos alunos e do professor Guerra só foi possível graças ao apoio da comunidade, por meio de uma vaquinha online organizada pela equipe e divulgada nas redes sociais. A prefeitura de Rio Grande também se engajou, ao fornecer o ônibus para o transporte da equipe. "E eles cederam não só o transporte de Rio Grande para São Paulo, mas também o transporte interno. O ônibus nos levava todos os dias para a competição e nos trazia de volta para o hotel", comentou o estudante Igor Maurell. A empresa Poatek, de Porto Alegre, que emprega ex-membros da equipe, também fez doação de verba para ajuda de custo.

A Equipe
Criada em 2004, a FBOT completa 20 anos em 2022 e atualmente é composta por cerca de 50 alunos, principalmente dos cursos de Engenharia de Automação, Engenharia de Computação e Sistemas de Informação. O time compete em diversas modalidades, no entanto, disputa desde 2018 na categoria "@home", e após conquistas de feitos como terceiro lugar no mundial e primeiro lugar no brasileiro deste ano, a Furg, hoje, é referência na América Latina, incluindo o grupo de pesquisa em Automação e Robótica Inteligente (Nautec), a pós-graduação trinacional em Robótica e Inteligência Artificial (Pria) e a Unidade Embrapii iTec, cobrindo ensino, pesquisa e extensão em áreas relacionadas à robótica e computação.

A equipe que representou a Furg na competição foi composta pelos estudantes Igor Maurell, Jardel Dyonisio, João Francisco, Luís Milczarek, Marina Rocha, Pedro Corçaque, Emilly Lamotte e Christi Amorim, além do professor Rodrigo Guerra e do técnico do Laboratório de Automação Industrial, Cedenir da Costa.

Doris, a robô e as próximas competições
Medindo pouco mais de um metro e meio, Doris - Domestic Robotic Intelligent System - foi programada para expressar sentimentos e executar tarefas domésticas com o auxílio de um braço mecânico também projetado e construído pela equipe. A robô é a ferramenta utilizada em diversas situações de teste e competição, e é parte da conquista recente.

O projeto foi desenvolvido junto com a UFSM e possui um valor estimado para custeio de R$ 50 mil, financiado principalmente por um edital internacional de fomento da própria RoboCup vencido pela equipe em 2018, e utilizando materiais reciclados de projetos anteriores da Furg da UFSM.

Durante os três meses que antecederam a competição, a FBOT passou a investir na parte interna da Doris, já que no daria tempo de detalhes na parte física e então a ideia foi programar as provas, capacitar o robô para desempenhar mais atividades e habilitar a possibilidade de conversar com as pessoas, reconhecendo seus nomes, sua bebida favorita, inclusive por meio de reconhecimento facial. "É preciso ter muita pesquisa e muitos testes para poder validar um robô. Atualmente com a Doris a gente tem uma plataforma muito sólida que nos permite realizar diversas provas e capacitando-a da melhor forma possível", complementou Jardel Dyonisio.


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