Por Douglas Dutra
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A Defesa Civil Nacional informou nesta quarta-feira (18) o reconhecimento da situação de emergência em 13 cidades atingidas pela estiagem no Estado. Na Zona Sul, Herval e Pinheiro Machado fazem parte da lista das que tiveram seus decretos homologados. Em nível estadual, Arroio Grande também teve a emergência reconhecida essa semana.

Com a situação homologada pelo governo federal, as administrações municipais têm o caminho facilitado para acessar recursos emergenciais junto aos governos federal e estadual para atender a população afetada. A partir de agora, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional vai avaliar as metas e valores solicitados com base nas informações enviadas pelos municípios. Entre as ajudas que podem ser enviadas, estão o abastecimento de água.

Em todo o Rio Grande do Sul, 130 cidades já declararam emergência pela estiagem. Dessas, 34 foram reconhecidas pela União até o momento. No sul do Estado, 14 emitiram decretos municipais.

Chuva veio, mas foi insuficiente
Apesar de trazer alívio aos agricultores, o acumulado de chuva dos últimos dias não foi suficiente para reverter as perdas ou trazer segurança às lavouras. Em Herval, o secretário de Agropecuária Valmir Miliorança relata que as chuvas foram irregulares e não atingiram de forma homogênea todo o interior do Município. Segundo ele, 110 famílias estão recebendo água com caminhão-pipa. No entanto, os cerca de 800 quilômetros de estrada de Herval dificultam a distribuição rápida e o trabalho chega a avançar durante a noite.

Nesta quinta (19), uma reunião organizará as demandas que serão encaminhadas pelo Município aos governos federal e estadual solicitando maquinário e projeto para açudagem, cisternas, perfuração de poços para que possam criar reservatórios de água nas comunidades rurais. Para atender à demanda urgente, devem ser solicitadas cestas básicas e insumos para os agricultores.

Em Pinheiro Machado, o cenário se repete. Segundo o prefeito Ronaldo Madruga, as chuvas da última semana não foram suficientes para garantir o abastecimento no interior. "A gente já tem uma estimativa de prejuízo de R$ 52 milhões, isso nos preocupa muito porque vai impactar diretamente na economia."

O Município vai solicitar cestas básicas e recursos para contratação de horas-máquina para abertura de poços e açudes. "Não se tem algo constante para poder levar a tempo a ajuda necessária ao homem e à mulher do campo por causa dos efeitos climáticos", reclama.​