O município de Pelotas aprovou 64 projetos, que irão receber recursos do eixo estratégico de fortalecimento da agricultura familiar, dentro do Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). De acordo com o extensionista do escritório municipal de Pelotas da Emater/RS-Ascar, André Perleberg, responsável pela elaboração dos projetos de agricultura familiar, serão em torno de R$ 600 mil em recursos para o município, em benefício de 64 famílias de quatro públicos diferentes.

Segundo o extensionista, foram beneficiadas 14 famílias de agricultores familiares, 12 de quilombolas, 30 de pescadores artesanais e oito agroindústrias. “Dos 14 projetos de agricultura familiar já foram entregues insumos para oito famílias, restando ainda seis famílias no aguardo”, diz. Ele explica que estes produtores recebem calcário (corretivo da acidez do solo) e fertilizantes (adubo). “São 15 mil quilos de calcário e uma tonelada de fertilizante para cada uma destas famílias”, diz.

Ele destaca que estas famílias já contempladas estão na fase de prestação de contas junto ao Governo do Estado, com a apresentação de notas fiscais, ticket da balança, fotos da entrega e uma série de outros documentos. Ele explica se tratar de um processo moroso e complexo, mas uma grande ajuda para quem está recebendo. “É gratificante porque quem está recebendo precisa muito e vai ajudar na produção”, salienta. Os técnicos da Emater acompanham todo o processo, desde a seleção do público beneficiário, elaboração dos projetos e prestação de contas.

Responsável pela elaboração dos projetos de agricultura familiar, ele destaca que os 14 projetos acabaram beneficiando jovens agricultores, na faixa até os 30 anos, todos filhos de agricultores familiares. Entre eles, o agricultor Alex Scheer Buss, de 22 anos, morador na localidade do Cerrito Alegre, 3º distrito de Pelotas, que já recebeu as cargas de calcário e fertilizantes.

Demais públicos

O acompanhamento de cada público fica por conta de um extensionista diferente da Emater e Perleberg acredita que os projetos estejam em fase inicial de implantação. “Destes 64 projetos até o momento estão concluídos em torno de 30% a 35%”, ressalta. Os primeiros contratos foram assinados entre o final de agosto e início de setembro, diz.

Aos quilombolas serão destinadas sementes, ferramentas, material para construção de estufas para cultivo de hortaliças, de acordo com a necessidade de cada família. Os pescadores recebem utensílios e equipamentos para pesca, como redes, geradores, caixas térmicas entre outros, a fim de ajudar na pesca. As agroindústrias são contempladas com a aquisição de equipamentos para sua estruturação interna a fim de facilitar as suas atividades.