Agroindústria
Vinculação do SIM como serviço essencial volta a ser reivindicada
Novo ponto facultativo na sexta-feira volta a inviabilizar os abates nas unidades frigoríficas locais pela ausência dos fiscais
Foto: Divulgação - Seapi - Servidores que atuam na liberação dos abates não podem trabalhar durante o recesso
Os representantes dos frigoríficos de Pelotas voltam a reivindicar a inclusão do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) como serviço essencial no Município. A assinatura do decreto 6.773 de 29 de agosto de 2023 pela prefeita Paula Mascarenhas, determinando a sexta-feira, pós-feriado de Sete de Setembro, como ponto facultativo, deixa os frigoríficos e agroindústrias fora de atividade mais uma vez. Com isso, foi autorizada a terça-feira para abate extra como forma de compensação pelo SIM local, o que é considerado insuficiente pelos representantes dos estabelecimentos.
O tema foi pauta na Câmara de Vereadores, na manhã desta terça (5) e explanado pelos vereadores Cauê Fuhro Souto (UB), Rafael Amaral (PP) e Cristiano Silva (UB), que defendem a alteração imediata do decreto, adicionando os frigoríficos e agroindústrias como serviços essenciais. Os vereadores justificaram a posição como forma de manutenção dos empregos de centenas de funcionários mantidos por estes estabelecimentos.
Segundo Fuhro Souto, dos 11 frigoríficos com inspeção municipal em Pelotas, restam apenas sete. Três deles, fecharam suas portas no final do primeiro semestre deste ano (Norenberg, Bom Corte e Cascatense). ”No início do ano, fecharam o Frango Knorst e Verdes Mares Abate de Peixes. Outros três estão migrando para a inspeção estadual”, diz. O vereador ficou de se reunir com a prefeita e solicitar a alteração imediata do decreto. “Foram mais de 200 empregos perdidos e pelo menos sete frigoríficos parados de hoje até segunda-feira sem poder trabalhar”, reiterou.
Como o serviço de inspeção municipal (SIM) não é considerado essencial e os frigoríficos dependem do trabalho dos fiscais para a liberação dos abates nos estabelecimentos, a unidade de produção fica sem atividade. Segundo os representantes dos frigoríficos, que estiveram na Câmara para defender a sua posição, os estabelecimentos precisam manter uma escala de abate diário, a fim de favorecer o seu fluxo de caixa.
Outro ponto é a demanda comercial que precisa ser atendida, com a alta concorrência de frigoríficos de outras cidades, os locais acabam perdendo competitividade, pois não atendem com a mesma frequência de seus concorrentes. Em âmbito estadual, a inspeção de produtos de origem animal é classificada como essencial.
Eles ainda reiteram que a carne de abate realizado com antecedência, após refrigerada, para ser entregue quatro ou cinco dias depois, perde a sua qualidade e acaba concorrendo com as carnes entregues por estabelecimentos com inspeção estadual, que conseguem realizar abates diários.
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