Opção
Beléa ressurge e ganha espaço no Brasil da Série D
Após sofrer com lesão durante o Gauchão, jogador de 21 anos recebe chance como titular, se destaca e é elogiado por Zimmermann
Foto: Italo Santos - Especial DP - Beléa (E), contratado em janeiro, só disputou cinco das onze partidas do Gauchão; ao total, em oito jogos, ainda não registra gol ou assistência
As mudanças no elenco do Brasil, aliadas aos desfalques para as primeiras partidas da Série D, fizeram o nome de Guilherme Beléa ressurgir como alternativa ofensiva. E o jogador de 21 anos, que pouco entrou em campo durante o Gauchão, aproveitou as duas oportunidades recebidas na competição nacional. Elogiado por Rogério Zimmermann depois do empate com o São Joseense, ele ganhou pontos e deve ser peça importante para a sequência.
Contratado em janeiro, Beléa custou a estrear por conta da falta de regularização, fruto da demora envolvendo documentações internacionais — ele estava no futebol português. Um problema no púbis o tirou de várias partidas do Estadual, e por isso atuou em apenas cinco jogos. Na última coletiva, RZ lembrou da importância da renovação de contrato do jogador para a Série D e relembrou dos episódios que travaram sua adaptação até aqui.
“Tu fica 15 dias [afastado com lesão], mas não volta, aí precisa de mais 15 dias… Tinha Patrick e Luiz [Felipe, meia que foi titular em algumas partidas e já deixou o clube], então ele [Beléa] não recebeu tanta oportunidade. Como treinador, eu observo nos treinos, ele tem a jogada pessoal. Aliás ele fez uma grande jogada e a bola não saiu...”, falou o treinador, citando o polêmico lance, mencionado na contracapa da edição de ontem do DP, diante do São Joseense, em que a arbitragem viu saída de bola e anulou o gol do Xavante.
Função diferente
Recuperado do incômodo que o tirou de duelos grandes da temporada, como contra Cordino e Ponte Preta, Beléa entrou no segundo tempo do 1 a 1 com o Atlético Mineiro. Substituiu Da Silva, de 9, função distinta da sua habitual. Diante do Concórdia, na estreia da Série D, ele ingressou na vaga de Wellington, como ponta, e criou boa oportunidade de gol em lance individual pela esquerda.
Já no 2 a 2 com o São Joseense, Zimmermann não tinha Patrick, dono da posição como meia central, e apostou em Beléa de titular no setor. O desempenho do jogador foi novamente elogiado pelo técnico. Vestindo a camisa 11, o atleta ofereceu opção de passe entre as linhas de marcação e voltou a mostrar desenvoltura em lances individuais. Quase marcou gol em três ocasiões: um chute por cima, perto do travessão; uma bola forte que o goleiro defendeu com o peito; e uma batida cruzada, rasteira, raspando a trave.
A reportagem do DP não conseguiu falar com o jogador, já que a nova política do departamento de futebol do Grêmio Esportivo Brasil proíbe os atletas de atenderem a imprensa de forma exclusiva, apenas em coletivas. Caso Patrick não tenha condição de atuar frente ao Novo Hamburgo, domingo, no Estádio do Vale, Beléa é forte candidato a voltar a figurar entre os 11 iniciais. Por enquanto ele soma oito partidas, sem gol nem assistência, com a camisa rubro-negra.
Opinião
Marcelo Prestes, jornalista da Rádio Universidade
“Os dois últimos jogos do Brasil na Série D trouxeram uma boa novidade para o time de Rogério Zimmermann. Literalmente um ‘reforço’ que já tinha no elenco. As lesões o impediram de ter uma maior sequência. Guilherme Beléa demonstrou ter o drible e o improviso, como no gol anulado de Mário Henrique contra o São Joseense, e o arremate, como nas defesas de Sidão em Concórdia. Jogando como atacante atrás do centroavante, e focado, pode ser o diferencial técnico para o salto de qualidade para o sistema ofensivo xavante”.
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