O ex-técnico do Pelotas, Leocir Dall’Astra, conversou com o Diário Popular sobre sua saída do clube, justamente após vencer a primeira partida na Divisão de Acesso. 

O treinador deixou um recado para o torcedor em sua primeira manifestação. “Quero pedir desculpa para o torcedor do Pelotas, que sempre apoiou, sempre manifestou sua paixão”, disse Leocir que reforçou que a torcida do Lobo vaiou poucas vezes o time e quando vaiou foi com razão. 

Leocir lamentou ter o trabalho interrompido no momento que para ele a equipe mostrava crescimento em campo. “Nós ganhamos o jogo, não sei se foi o melhor jogo, mas tivemos várias oportunidades, nós criamos para fazer o gol. Não tinha dúvida que as coisas iam caminhar. No quinto jogo nosso a gente estava buscando uma formatação mais assertiva, mas neste momento foi interrompido. Fico chateado e magoado porque acredito na continuidade e no trabalho”, disse. 

Para o treinador ficou claro que sua demissão estava definida antes mesmo do jogo contra o São Gabriel e que Wiliam Campos já estava acertado com o Lobo. 

Dall’Astra também ressaltou ter aceitado um projeto com poucos recursos e diz qual o seu maior arrependimento. “Agradecer também a direção. O convívio nosso foi muito bom. Também porque eu sempre concedi as limitações e aceitei as limitações. Talvez o maior erro meu foi ter aceitado tudo isso que me colocaram. Fico muito sentido de ter aceitado isso. Devia ter exigido um investimento um pouco maior. Mas acredito sempre na lealdade, na transparência e no trabalho, ninguém vai me tirar isso. Sempre fui muito correto, defendi sempre o Pelotas, torcida, direção, comissão técnica, jogadores, defendi um trabalho”, disse. 

Números de Leocir 

Para defender sua passagem pelo Pelotas, Leocir Dall’Astra lembra que foram 13 jogos entre a Copa Tarciso Flecha Negra em 2022 e na Divisão de Acesso deste ano. No total foram quatro vitórias, sete empates e duas derrotas. “Não perdi fora de casa, são dados bem simples e que a gente tem que avaliar. Acho que empates foram demasiados”. Outro ponto defendido pelo ex-técnico áureo-cerúleo é que nas primeiras cinco rodadas enfrentaram três dos principais times do grupo, Santa Cruz, Inter-SM e Guarany de Bagé.

Evolução da equipe 

O principal motivo apontado pela troca de treinador são as atuações ruins na competição. Sobre essa questão, Leocir acredita que a equipe estava evoluindo. “A parte defensiva estava boa. O meio-campo estava se encaixando. A parte ofensiva que a gente ia encaixar. Seria a última parte que íamos mexer. […] Eu dei o máximo de mim dentro das condições do clube, dentro daquilo que nos deram pra trabalhar. […] Só tenho agradecer, mas saí muito chateado”, finalizou o treinador.