Por João Pedro Goulart
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(Estagiário sob supervisão de Lucas Kurz)

Uma das principais vias de acesso aos bairros Fragata e Guabiroba é a avenida Theodoro Muller. Composta por várias paradas do transportes coletivo municipal, escolas e cruzamentos com outras ruas importantes da região, a via é caracterizada por uma intensa movimentação de veículos, principalmente nos horários de pico. Além do trânsito, a fraca sinalização viária que permeia todo o prolongamento da avenida chama a atenção dos motoristas e pedestres. Aliás, isso acaba não chamando a atenção como deveria, pois as faixas de segurança e marcações horizontais de solo quase não destoam da cor do pavimento, além de algumas indicações verticais, como placas e semáforos, estarem cobertos por outros elementos ou danificados.

Os problemas de má sinalização são verificados em toda a avenida, desde a entrada, no Hipermercado Atacadão, se estendendo até o entroncamento com a avenida Pinheiro Machado. Um caminho de quase dois quilômetros de extensão que é definido por traçados da divisão viária no asfalto quase que totalmente apagados. Para os condutores que transitam pela avenida, em determinados trechos chega a ser difícil visualizar as limitações da estrada, o que atrapalha a mobilidade. Da mesma forma, as cinco faixas de segurança estão apagados, atrapalhando quem deseja atravessar a via.
Uma das faixas de segurança fica ao lado da Escola Luiz Carlos Corrêa, onde também há uma parada do transporte coletivo. Elizabeth Gonçalves, de 71 anos, aguardava, sobre a sinalização, o fluxo de carros diminuir para atravessar a rua, em função de que muitos condutores não enxergam a faixa. "Eu uso muito essa faixa, venho pegar o transporte. Quando não tem o transporte que eu quero, atravesso para pegar o outro. Eu levo uns três ou quatro minutos", disse Elizabeth. A idosa conta que a parada do semáforo é a melhor chance para evitar uma grande demora enquanto espera. "A sinaleira ali ajuda muito, porque se não fosse o sinal ficava mais difícil."

No mesmo local, a sinalização vertical que faz referência à faixa de pedestres também é menos visível do que deveria. Camuflada entre os galhos de duas árvores, a placa informando o local de passagem dos moradores fica escondida. Um pouco mais à frente, uma placa de cavalete de um estabelecimento local bloqueia ainda mais a vista dos motoristas. "Acidente dá seguidamente ali. Moto atropelando, carro que não enxerga a faixa, carro bate atrás porque o da frente não viu a sinalização… Aqui a gente vê uns quatro ou cinco acidentes, de 15 em 15 dias. Com pessoas idosas também acontece, quando descem do ônibus e vão atravessar", contou o dono de uma loja de convivências próxima que preferiu não se identificar. "Eles pintam uma vez por ano, eu acho, mas em um mês já está apagada. E a placa ali ninguém enxerga por causa das árvores", completou.

A baixa sinalização na Theodoro Muller é um problema também enfrentado pela Alessandra Baldez, de 50 anos. Mãe de menina autista, que tem nove anos de idade, se preocupa com a situação e teme principalmente pela menina. "Está difícil, porque é muito movimento. Ela (filha) é autista, para atravessar é mais perigoso. Aqui eu já vi um carro pegando um cachorrinho e arrastando, foi nesses dias. Sempre tem muito trânsito", alegou a moradora.

Mudanças previstas
Segundo a Secretaria de Transporte e Trânsito (STT), o semáforo veicular da avenida Theodoro Muller com Frontino Vieira foi trocado há uma semana, após ter sofrido danos com os fortes ventos registrados na cidade. Quanto às árvores cobrindo o semáforo com rua Doutor Arnaldo da Silva Ferreira, e outros locais, o titular da STT, Flávio Al Alam, afirma que constantemente são feitas manutenções junto à Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), e se tiver alguma vegetação atrapalhando no momento irá solicitar à pasta a retirada. Por fim, em relação à sinalização horizontal, está na programação da STT a repintura de faixas de pedestres que deverá ser feita em breve.

Lixo à beira da via
Quase no cruzamento com a avenida Pinheiro Machado, uma das laterais da Avenida Theodoro Muller evidencia um cenário de poluição que já é comum no local. Quanto a isso, a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI) explica que a avenida recebe todas às sextas-feiras o recolhimento de entulhos, juntamente com as demais avenidas principais do bairro Fragata, no entanto, é recorrente o descarte irregular de lixo nas ruas. "Precisamos de um maior engajamento referente à conscientização da população quanto ao descarte irregular de lixo nas vias públicas", avaliou. De acordo com o Sanep, na região são ofertadas as coletas orgânica e reciclável, e os dias e horários estão disponíveis no site sanep.com.br/residuos-solidos/mapas-horarios-coletas.