Angústia
Bebê aguarda transferência para realização de exame
Pais aguardam a transferência da filha para o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, desde o dia 10 de abril
Foto: Carlos Queiroz - DP - Os pais, Dariane Fonseca Oliveira e Maurício Dias de Oliveira, estão angustiados com a espera
Larah Silveira de Oliveira nasceu no dia 8 de fevereiro deste ano e desde então está internada no Hospital Universitário São Francisco de Paula, em Pelotas. A pequena nasceu com atresia de jenuno fetal, que atinge o intestino curto e necessita ser transferida para o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, onde há equipe especializada em gastroenterologia, para realizar investigação e exame de endoscopia, já que em Pelotas não existe este equipamento apropriado para exame em bebês.
"Minha bebê está internada desde que nasceu. Não conseguimos levá-la ainda para casa", lamenta a mãe, Dariane Fonseca Oliveira, desesperada com a condição de saúde da filha, assim como o pai, Maurício Dias de Oliveira. Larah tem dois irmãos, de nove e quatro anos, e os pais se revezam na tarefa de cuidar das crianças, ficar no hospital e trabalhar.
No dia 10 de abril, os pais realizaram o cadastro junto a Central Reguladora de Leitos do Estado para transferir Larah para o Hospital de Clínicas. "Estamos aguardando esta liberação. Como nada aconteceu, entramos via Conselho Tutelar, na Justiça", conta a mãe. A Justiça, por sua vez, já deferiu três vezes o pedido, inclusive dando prazo ao Estado para que disponibilizasse leito no SUS e, na falta deste, em rede privada. A decisão mais recente, dando prazo de 48 horas, se esgotou na última sexta-feira (12).
Procedimento
Com sete dias de vida, a pequena Larah passou por procedimento cirúrgico, para a correção do intestino obstruído. Ela não consegue mais se alimentar normalmente e estava sendo nutrida com alimentação parenteral. Mas, conforme a mãe, a bebê não aceita mais essa alimentação, que estaria afetando o fígado. "Até agora a nutrição havia ajudado, mas vieram as complicações, ela contraiu um vírus e hoje se encontra entubada", resume a mãe.
Além da endoscopia, Larah necessita fazer o exame de Reed (procedimento para avaliar a forma e função de esôfago, estômago e duodeno), que foi oferecido pelo HU. "Não foi possível realizar o exame porque ela entrou em quadro clínico bem complicado e, em função do intestino obstruído, a equipe médica tem receio de ela vir a óbito em razão do exame", diz a mãe.
O que diz a CRS
O DP procurou a titular da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, Cintia Daniela Pereira, que informou saber da existência do processo e que este já está na regulação estadual em Porto Alegre. "Entendo da urgência e importância, mas a bebê está assistida. Se até o momento não foi transferida, é porque não tem leito disponível. Assim que tiver leito ela será transferida", afirmou.
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