Bagunça e Risco
Cabos de rede soltos e pendurados fazem parte das ruas de Pelotas
Problema que deveria ser pontual, na verdade é realidade em grande parte das vias do Município
Carlos Queiroz - DP - Na Ferreira Viana, perto da Juscelino Kubitschek, fios estão pendurados e no chão perto à parada de ônibus
Emaranhados de fios, cabos pendurados na altura dos pedestres, amarrados em placas e caídos pelo chão em frente às paradas de ônibus. Esses são apenas alguns dos cenários possíveis de se observar ao circular pelas ruas de Pelotas. A situação está presente no centro e nos bairros. Além de causar transtornos na mobilidade e na parte estética, também podem representar risco de choques elétricos.
Os exemplos são muitos. Em apenas uma quadra da rua Padre Anchieta, entre Sete de Setembro e General Neto, de um dos lados da via há quatro postes com cabos de rede de telefonia e internet pendurados. Na localidade com intenso fluxo de pedestres, é necessário prestar atenção para desviar dos obstáculos. Já ao percorrer os dois sentidos da avenida Bento Gonçalves, que pode ser considerada a mais movimentada do Município, são diversos os pontos com fios arrebentados e amarrados nos canos de sustentação de placas de ruas.
Na avenida, esquina com parque Dom Antônio Zattera, pessoas com cerca de 1,80 metro de altura precisam se abaixar por debaixo de um cabo para atravessar a rua. Caminhando distraído pelo local, o estudante Ryan Garcia não percebeu que passou quase encostando no fio. "Não notei. Eu acho muito perigoso isso. Não podia estar assim, passa alguém do meu tamanho, dá um choque e morre", diz.
O avô Moisés Pereira, que estava junto no momento, diz ainda que os responsáveis pela manutenção não realizam o serviço sem a pressão da população reclamando da situação nas redes sociais. No ponto, o risco é maior ainda para os ciclistas, que podem se enredar no fio solto e acabar se desequilibrando.
No bairro Areal, subir e descer do transporte coletivo na avenida Ferreira Viana, próximo à esquina com a Juscelino Kubitschek, requer contornar a extensão de cerca de quatro metros de dois cabos de rede caídos no chão. Em toda a quadra, há enormes redes penduradas dos postes até o chão. Uma funcionária de um estabelecimento comercial do local diz que o problema começou com a troca de postes realizada realizada pela CEEE Equatorial há mais de um mês.
Responsabilidade das empresas
De acordo com a Prefeitura, não existe lei municipal regulamentada que trate sobre a questão. De acordo com a secretária de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana, Carmen Vera Roig, a falta desse regramento específico sobre o assunto impossibilita a fiscalização.
Já a CEEE Equatorial explica que aluga cada ponto de fixação de fios de rede de telefone e internet em postes da companhia, com o limite máximo de cinco conexões por unidade. No entanto, a companhia diz que não possui responsabilidade pela manutenção e regularização de cabos de outras prestadoras de serviços. Assim, as ações de reparo devem ser feitas pelas empresas detentoras dos fios avariados. A concessionária afirma ainda que, quando necessário, realiza fiscalização das fiações que fixadas em postes.
A distribuidora alega também que dispõe de normas para orientar o aspecto técnico e de segurança que devem ser seguidas pelas operadoras de telecomunicações que utilizam as estruturas dos postes. Em caso de irregularidade, a empresa responsável pela fiação é notificada a repará-lo.
Risco e reclamação
A companhia de energia diz que o rompimento de cabo pode ser um risco à população e, por isso, além de comunicar às concessionárias de telefonia e internet, quem visualiza fiação partida pode entrar em contato pelos seguintes canais de comunicação:
- Site: ceee.equatorialenergia.com.br
- Telefone: 0800 721 2333
- WhatsApp: (51) 3382-5500
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