Educação
Comitiva busca recuperação orçamentária da UFPel
Universidade obteve do governo federal, em reunião realizada em Brasília, a garantia de desbloqueio de R$ 3 milhões de capital para obras de acessibilidade
Em meio às dificuldades financeiras vividas pelas universidades federais, a UFPel obteve do governo federal, em reunião realizada em Brasília, a garantia de desbloqueio de R$ 3 milhões de capital para obras de acessibilidade. Além disso, o governo sinalizou com um aporte extra de R$ 8 milhões para fazer frente às despesas de manutenção, em 2017, o que representa 30% do déficit previsto pela UFPel no ano.
De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Otávio Peres, mesmo com esses aportes, a situação orçamentária continua crítica. "Precisamos seguir buscando recursos do governo federal, que não pode se eximir da responsabilidade de garantir o funcionamento das universidades públicas", afirmou.
O reitor Pedro Hallal reforça o apelo ao governo federal. "No estágio atual do país, o investimento em educação deveria aumentar, e não diminuir - não podemos aceitar que o orçamento disponível, que já é insuficiente, não seja liberado na sua totalidade."
No que se refere aos recursos para 2018, a situação ainda é incerta. O superintendente de Gestão de Recursos, Denis Franco, demonstra preocupação. "Não há sinalização de que o orçamento do MEC específico para as universidades federais vá aumentar, o que é inaceitável", diz. Segundo ele, o mínimo que a UFPel exige é que o orçamento de 2018 tenha por base o de 2017, mas acrescente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos anos de 2016 e 2017, visto que para o orçamento desse ano nem o reajuste do IPCA foi aplicado.
A boa notícia no que diz respeito ao ano que vem foi o reposicionamento da UFPel em relação à fatia do orçamento geral da União destinado às instituições federais, que gira em torno de R$ 3 bilhões. Nos últimos dois anos, esse percentual foi de apenas 1,35% e passará a ser, em 2018, 1,72%. O reitor explica que esse percentual é resultado da aplicação da matriz orçamentária desenvolvida pela Associação dos Reitores (Andifes).
Hallal estará em Brasília novamente amanhã, como membro da Comissão de Orçamento da Andifes, para participar da reunião que definirá o orçamento de 2018. Nessa agenda, também será definida a incorporação de parte dos recursos do Programa de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni) na matriz orçamentária da Andifes.
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