Meio Ambiente
Comunidade denuncia descarte irregular de medicamentos
Fato foi averiguado pelo vereador Marcola (União), na manhã deste sábado (2)
Divulgação da Assessoria do Vereador Marcola - Especial DP - Vereador acionou a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Qualidade Ambiental e o Sanep
O descarte de medicamentos, ainda no prazo de validade, em via pública chamou a atenção de moradores próximos à avenida Zeferino Costa, no bairro Santa Terezinha, na manhã de sábado (2), em Pelotas. O fato chegou até ao vereador Marcos Ferreira (União), o Marcola, que através das redes sociais fez uma denúncia pública. “Chegando lá me deparei com esses materiais usados em pacientes tratados por hemodiálise, que não estavam vencidos, aproximadamente 200 embalagens”, contou ao Diário Popular. Uma das caixas estava identificada com o nome do destinatário.
O vereador acionou a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Qualidade Ambiental e o Sanep para que o lixo fosse removido de forma adequada. “Tomamos as medidas necessárias, pedimos o recolhimento e a partir de segunda-feira (4), através da Comissão de Saúde, que eu presido, vou tomar as providências cabíveis, chamar os responsáveis, ouvi-los, saber como aquele material parou ali, o que aconteceu. Precisamos investigar”, afirmou. Uma das possibilidades é que o paciente e destinatário do medicamento tenha vindo a óbito.
“Aquele é um material de diálise peritoneal, o qual o paciente faz em casa. É um material que vai direto a residência para o paciente. Ou seja, ele estava em tratamento no serviço de diálise, que era feito em casa”, explica a diretora da Atenção Especializada e Hospitalar, da Secretaria de Saúde, Caroline Torres Hoffmann.
“Esse era um paciente que estava se tratando na Nefro da Beneficência, o serviço faz o pedido e a compra, mas o paciente recebe direto na sua residência.” Caroline Hoffmann orienta que pacientes e/ou familiares procurem o serviço que indicou o tratamento ou que dispensou a medicação para ver a forma correta de descarte ou até mesmo para devolver ao serviço esse material.
Sobre a condição do paciente, Caroline diz que será confirmada hoje junto a Beneficência Portuguesa. “Tanto a Vigilância quanto a SQA vão entrar em contato com o endereço que temos cadastrado, mas provavelmente este seja um paciente que tenha vindo a óbito. Quando tiver um paciente em casa que vai deixar de utilizar o medicamento, seja por alta médica ou óbito, se dirija ao local do serviço tratado para saber como se pode fazer a devolução ou descarte correto”, insiste.
O Hospital Beneficência Portuguesa, que aparece como comprador da medicação, pronunciou-se através de sua assessoria: “Esses medicamentos são de propriedade do paciente, sendo entregue pela farmacêutica Baxter direto na casa dele, que fica responsável pelo uso e cuidado do mesmo”.
Rastreamento
Em nota o Sanep respondeu ao Diário Popular sobre o recolhimento deste tipo de material: “Entramos em contato com a Vigilância Sanitária para rastreamento do possível gerador.” Emergencialmente se fez a retirada imediata desses resíduos, que foram armazenados em bombonas lacradas e coletados pela empresa Aborgama que faz a coleta e destino final dos resíduos de saúde, de acordo com a diretora-presidente do Sanep, Michele Alsina.
Nesta segunda-feira (4), a Secretaria de Qualidade Ambiental e a Vigilância Sanitária vão fazer uma vistoria no imóvel do destinatário. O objetivo é verificar a situação e notificar o atual morador, explica o secretário da SQA, Eduardo Daudt Schaefer.
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