O domingo de sol e de temperaturas agradáveis foi incentivo para que milhares de pelotenses fossem à região do Porto para prestigiar o Sofá na Rua. O evento cultural iniciou às 11h e contou com feira de empreendimentos criativos e solidários, atrações artísticas e diversas opções gastronômicas.

Um dos organizadores, André Rodrigues, salienta que a proposta é produzir o evento uma vez por mês, sempre no segundo final de semana. "O retorno está sendo bem bacana. A gente percebe que as pessoas seguem querendo estar na rua depois de tanto tempo em casa e mesmo com dias não tão bonitos e com outros eventos na cidade o público está aqui", comemora. Ele também explica que a ampliação de horário é justamente para contemplar e dar mais visibilidade a feira de empreendimentos criativos e solidários. "Para incentivar o consumo local", completa.

Nesta edição, quem passou pelo evento pôde prestigiar a música de Freak Brothers, Mestre Griô Dilermando convida Odara e Venine Ventania com oficina de malabares. No ano em que o Sofá na Rua completa uma década, em outubro, Renata Pinhatti, também organizadora do evento, faz questão de relembrar a importância da data e frisa: "O Sofá é mais que um evento, se fortalece enquanto movimento".

Nesta edição, a quarta depois de dois anos parados em função da pandemia, cerca de 30 empreendedores de diversos nichos utilizaram a feira do Sofá para expor seus produtos. Jéssica das Neves, 32, é uma delas. Proprietária de um brechó especializado em roupas vintage e em moda upcycling - transforma resíduos têxteis em novas roupas - há dois anos, a empreendedora participa de diversas iniciativas que proporcionam espaço de exposição. "E venho priorizando o Sofá na Rua. Meu público já sabe que estou aqui e as vendas são boas", fala, contando que já conhecia o evento, mas começou a participar depois da pandemia.

O casal Leandro Sousa e Vivian Alves vai até o Sofá para comercializar pipocas. E quem vai junto para prestigiar é Pietra Maria, de nove meses, filha do casal. A mãe da pequena conta que na primeira vez foram apenas a passeio para valorizar o trabalho de Sousa. "Depois percebi que poderia vir junto com ela e já é a terceira edição que estamos aqui", conta, enquanto observa a filha que, perto dos pais, brinca em cima de um tapete e chama a atenção de quem passa.

"A vibe é boa"

As amigas Júlia Macedo,19, e Elis Gimenes, 17, são estudantes e prestigiam o Sofá na Rua desde antes da interrupção provocada pela crise sanitária. Agora, com o retorno, tentam se organizar para marcarem presença sempre que podem. Ambas destacam a "vibe" do local que, segundo elas, é boa por ter diversos tipos de pessoas e de atrações. Sentadas e curtindo um sol enquanto conversavam com a reportagem, não deixaram de destacar: "E hoje o dia está perfeito para ficar aqui".