Projeto

Doze anos depois, Fernando Osório pode voltar a ser requalificada

Local com grande fluxo possui problemas no asfalto, sinalização e segurança que preocupam usuários

Foto: Jô Folha - DP - Avenida com movimento constante de carros e pedestres apresenta diversos problemas estruturais

Quem costuma trafegar diariamente pela principal avenida da zona norte de Pelotas já deve ter decorado os buracos e desníveis do asfalto. Deve ter memorizado também as preferenciais e os pontos mais perigosos dos oito quilômetros da avenida Fernando Osório. Para motoristas de fora da cidade ou que não estão acostumados, acessar a via vai exigir muita atenção para evitar contratempos e acidentes de trânsito. Por ter fluxo intenso, usuários apontam a necessidade de maior atenção do poder público. O que, de acordo com a Prefeitura, está no radar, já que um projeto de requalificação está em fase de elaboração, com custo estimado em R$ 10 milhões.

Frequentadores da Fernando Osório citam uma lista de avarias que vão desde a irregularidade da pavimentação - ou a falta dela em alguns trechos -, buracos, sinalização vertical precária e, ainda, pedem a presença de agentes de trânsito para inibir abusos dos motoristas. O casal Ronaldo e Iolanda Schumacker, 70 e 71, costumam ir a um banco em frente à Praça do Colono. Sem avaliar as condições da via, ambos ressaltam a insegurança que sentem na hora de atravessar a faixa. "Tem 50% que respeita, outros 50% dos motoristas não estão nem aí para a faixa de pedestres", relata Iolanda. "Temos que colocar meia perna na frente para eles (motoristas) verem que queremos atravessar", completa Schumacker.

Em outros trechos da avenida, é comum flagrar pedestres apertando o passo para conseguir passar de uma calçada a outra em meio aos carros. O motorista Brasil Neves Munhoz, 63, diz que nem sempre a travessia é segura e pede a presença de maior fiscalização do trânsito.

Faz tempo
Trabalhando há bastante tempo naquela região da cidade, Iago Giovani Gonçalves, 27, diz nem lembrar se algum dia viu outro tipo de pavimento na via, a não ser os paralelepípedos. "A irregularidade da pista atrapalha o nosso comércio, pois não há sinalização, o que dificulta o estacionamento dos clientes", diz o atendente e sócio de uma loja de parafusos que há 50 anos funciona no local. O estabelecimento fica em um trecho que compreende a avenida entre as rótulas da 25 de Julho e Praça do Colono, sendo considerado o mais irregular de toda a extensão. Em 1,5 quilômetro, no sentido bairro/centro, por exemplo, dá para saber que um dia recebeu pavimento só por causa das sobras nos cantos dos meios-fios. Neste mesmo trecho, entre as ruas Germano Fiss e Joaquim Oliveira, ainda há pavimentação, mas a conservação é alvo de questionamento dos motoristas.

Espaço para todos
Utilizada por vários tipos de veículos, a Fernando Osório ainda divide espaço com ciclistas e pedestres, pois é ponto de acesso a diferentes bairros, além de ligar a cidade à BR-116, servindo assim de escoamento de muitos produtos. Uma reclamação simples, mas não menos importante, faz o autônomo Paulo Roberto, 61. Ele usa diariamente a ciclovia e, por causa do degrau de acesso à pista, já teve que trocar muito pneus. O espaço para a circulação de bicicletas foi construído após um acordo (contrapartida) feito entre Prefeitura e a empresa responsável por uma obras de requalificação, feita há 12 anos, com um custo de R$ 8,5 milhões e que gerou muita polêmica, CPI e processo judicial.

Planejamento de melhorias
O secretário de Transportes e Trânsito, Flávio Al Alam, explica que a situação no trecho de 1,5 quilômetros citado anteriormente se deu em 2011 com o deslocamento do asfalto devido a problemas na base aplicada. "Na época, empresa e Prefeitura entraram em um impasse que gerou uma ação judicial. Após acordo entre as partes, a empresa executou a ciclovia no canteiro, como contrapartida aos problemas."

Já o secretário de Planejamento, Roberto Ramalho, pondera que o asfalto irregular e eventuais falhas na sinalização horizontal e vertical representam situações normais de desgaste, causadas pelo passar do tempo e que têm recebido manutenção periódica por parte da Prefeitura. Segundo ele, um projeto de requalificação de toda a extensão da avenida Fernando Osório está sendo elaborado pela equipe técnica.

"No trecho que possui pavimento em pedra está prevista a execução de drenagem e o asfaltamento. No restante da avenida está prevista a recuperação do asfalto e a requalificação da sinalização", diz. O custo da obra está orçado em aproximadamente R$ 10 milhões. Não há informação, no entanto, de prazo determinado para esta execução.

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