Confirmação
Eletrobras pretende vender usina de Candiota
Informação foi confirmada pela empresa durante evento com acionistas, com expectativa de conclusão ainda esse ano
Foto: CGTEE - Divulgação - Lideranças locais se mobilizam para prorrogar o contrato da Fase C de 2024
A Eletrobras anunciou, durante evento para investidores, que pretende concluir ainda neste ano a venda da Usina Termelétrica (UTE) Candiota 3. A decisão se dá como parte de uma estratégia empresarial da geradora, que pretende zerar emissões de carbono até 2030. A medida acaba atenuando a preocupação que havia no Município quanto a um possível fechamento da unidade. No entanto, a questão segue nebulosa, já que, embora executivos da companhia digam haver interessados e negociações avançadas, ainda não há clareza quanto aos próximos passos.
A saída também será uma forma de rentabilizar o local. Segundo o site especializado no tema, CanalEnergia, o CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., considera que a termelétrica de Candiota, com capacidade de 350 megawatts, pode funcionar como merchant, ou seja, atuando enquanto uma reserva de energia para caso de desabastecimento. Outro potencial apontado é manter a atividade de exportação para outros países da América do Sul, devido à sua capacidade de geração.
Segundo o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB), as lideranças locais se mobilizam para prorrogar o contrato da Fase C de 2024 para 2040, prazo de sua vida útil e, com essa decisão de vender a usina, a expectativa é que haja uma política de transição energética justa, mantendo as que já estão em funcionamento e buscando outras alternativas para não afetar as finanças da região. Ele diz acreditar que a unidade seguirá funcionando, já que atende os parâmetros ambientais e possui uma localização estratégica. “Nestes dias, estamos gerando energia para o Sudeste e para a Argentina. É um sistema interligado”, explica.
Procurada pelo Diário Popular, a CGT Eletrosul, subsidiária da empresa, disse que todas as comunicações sobre o tema virão via Eletrobras. Já a Eletrobras não retornou as diversas tentativas de contato da reportagem. O Sindicato dos Eletricitários do RS (Senergisul) ainda não havia definido posição quanto ao tema até o último contato com a reportagem.
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