Mosquito

Equipe de combate ao Aedes será ampliada

Nos próximos dias novos agentes assumem, por seis meses, através de contratos emergenciais

Paulo Rossi -

O trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti deve ser intensificado em Pelotas nos próximos dias.

A equipe de agentes de Vigilância em Saúde passará a contar com aproximadamente 55 profissionais, entre a chegada de novos contratos emergenciais e a saída de outros. Hoje são cerca de 30 agentes. Até esta terça-feira (11), se não for encontrada mais nenhuma larva ou pupa do mosquito no bairro Fragata - onde já foram identificados 24 dos 27 focos da cidade -, o alvo deve voltar a se espalhar também por outras regiões de Pelotas.

“Precisamos concentrar todos os esforços no combate ao Aedes. Enquanto o mosquito comum só irrita, este mata”, destaca o diretor de Vigilância em Saúde, Franklin de Souza Neto. Desde o dia 14 de março, quando começaram a ser encontrados focos no Fragata, as equipes têm atuado em sábados, domingos e feriados e, inclusive, no turno da noite. E o principal, além das verificações, é a sensibilização da comunidade, que precisa fazer sua parte.

Neste sábado, pela manhã, o Diário Popular foi às ruas conversar com os moradores e confirmou: ainda que tomem várias medidas de prevenção, não se sentem seguros. O receio é de que integrantes da vizinhança não façam o mesmo e comprometam todo o ciclo de cuidados, em meio a entulhos, restos de material de construção, casas abandonadas e terrenos baldios. Situações em que se perde o controle da água parada.

Atenção redobrada
A dona de casa Claudete Lima, 58, admite: desde que tomou conhecimento dos focos nas proximidades, está ainda mais atenta. “Me orientaram para colocar Clorofina uma vez por semana nos ralos e eu tô fazendo”, resume. O uso de água sanitária, aliás, sempre foi uma prática na limpeza doméstica; o gasto médio é de 16 litros por mês - conta a moradora da rua Caetano Gotuzzo.

Na Epitácio Pessoa, é a estofadora Maria Terezinha Silva, 52, quem redobra a atenção. A água das galinhas, por exemplo, agora é trocada três vezes por dia, conforme solicitado pela equipe de vigilância da Secretaria de Saúde. “No meu trabalho também tomo cuidados, coloco areia nos pratos dos vasos. A gente se preocupa, né? Tenho um filho de 14 anos”, desabafa.

A aposentada Noeli Domingues, 71, também garante: reforçou os cuidados na preservação do pátio e em atitudes simples, como manter as garrafas com a boca virada para baixo. E, embora tenha a consciência do papel que está nas mãos de cada cidadão, a moradora da rua Rodrigues Alves admite: teme que a despreocupação de alguns se transforme em problemas para muitos. É um despertar que, não raro, os pequenos já desenvolveram, como no caso da neta Isadora, de oito anos de idade, que tem ouvido falar sobre o Aedes na escola e, sempre que pode, ajuda a avó a tomar cuidados básicos. “Muitas vezes, eles sabem mais do que os adultos”, orgulha-se Noeli.

Mais agentes
Em breve, um concurso público da prefeitura de Pelotas - ainda em fase de definição da empresa que irá organizá-lo - abrirá cem vagas para agentes de endemia que, na prática, exercerão as mesmas atividades dos agentes de vigilância em saúde. Além de realizar ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti, os profissionais voltarão o olhar outras doenças, como a de Chagas e a raiva.

Não se descuide
Além da dengue, o Aedes também é transmissor do zika vírus, da febre chikungunya e da febre amarela urbana. Um nova doença, a febre mayaro, surge como mais um dos perigos do mosquito. Então, faça sua parte!

Dicas para eliminar criadouros
Mantenha a caixa d´água bem fechada. Coloque também uma tela no ladrão da caixa d´água;
Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda;
Mantenha as garrafas com a boca virada para baixo para evitar o acúmulo de água;
Pneus devem ser acondicionados em locais cobertos;
Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes utilizando os produtos químicos apropriados;
Se o ralo não for de abrir e fechar, coloque uma tela fina para impedir o acesso do mosquito à água

 

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