Ebserh
Funcionários do Hospital Escola param a partir da próxima sexta
Trabalhadores não concordam com a decisão da Ebserh e do governo federal de não conceder reajuste à categoria
Infocenter -
Atualizada às 20h32min.
A partir da próxima sexta-feira (22) os 810 funcionários do Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE/UFPel) vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) irão cruzar os braços. A adesão ao movimento nacional de greve da categoria foi decidida de forma unânime em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira.
Sem prazo para acabar, a paralisação irá manter apenas 30% dos servidores em atividade. Em algumas áreas específicas, como as UTIs adulta e neonatal, a metade da equipe continuará trabalhando. A retomada da normalidade dos serviços depende, conforme o Sindicato dos Servidores Federais (Sindiserf), de um diálogo entre trabalhadores e o governo federal, o que não estaria ocorrendo apesar da data-base ser março e uma tentativa de acordo ser buscada por representantes da categoria desde o começo do ano.
Conforme a delegada adjunta do sindicato em Pelotas e região, a Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, tem sido irredutível ao negar as reivindicações dos servidores da Ebserh em todo o país. "Estamos pedindo uma reposição da inflação de acordo com o IPCA e ganho real de 5%. No entanto, o governo aponta para reajuste zero e não abre espaço para negociação", aponta Sabrina Oliveira. Diante do impasse, os trabalhadores já cogitam a hipótese de tentar uma solução na Justiça.
Os trabalhadores protestam também contra a possibilidade acenada pelo governo de revisar cláusulas sociais e benefícios já concedidos em acordo coletivo, como o auxílio-alimentação. Segundo o Sindiserf, uma mudança na forma de pagamento dos adicionais por insalubridade também estaria sendo estudada pelo governo. Ao invés de receberem 20% sobre o vencimento, passariam a receber o percentual calculado com base no valor do salário mínimo.
O Diário Popular entrou em contato com a direção do HE/UFPel. Conforme a assessoria de imprensa, o hospital ainda não foi comunicado sobre a decisão dos seus funcionários e aguarda manifestação nacional da Ebserh. Já a empresa afirmou que uma nota com a posição sobre o assunto estaria sendo discutida internamente. Até o fechamento desta edição o documento ainda não havia sido finalizado.
Segundo o secretário-geral do Sindiserf, Marcolino Antunes de Oliveira, a paralisação será informada oficialmente nesta terça-feira à Reitoria da UFPel.
Rio Grande decide não aderir
A decisão tomada pelos trabalhadores do HE/UFPel se soma à tomada por funcionários do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), que também aprovaram nesta segunda-feira greve por tempo indeterminado. Tanto em Pelotas quanto no município da região central do Estado, a paralisação faz parte de um movimento nacional programado para iniciar na quarta-feira e que já se reflete em todo o país.
Apesar disso, servidores da Ebserh do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. (HU/Furg), em Rio Grande, realizaram assembleia segunda à tarde e optaram por não se juntar à mobilização e manter as atividades normalmente.
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