Após dez dias do início da greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Pelotas e na Zona Sul, 100% dos profissionais concursados aderiram à paralisação. Os atendimentos, no entanto, seguem normais na cidade.

As áreas atingidas pela greve foram as administrativas, técnicas e jurídicas, além do serviço de exames teóricos e práticos. Cerca de mil provas são aplicadas diariamente no Rio Grande do Sul, um terço do total executado antes da greve. Nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) em Pelotas, os atendimentos ocorrem normalmente e até o momento não foram desmarcadas provas.

O atendimento no Detran está sendo feito por uma equipe contratada e não por funcionários de carreira. Os terceirizados - aulas teóricas e práticas, avaliação psicológica e exame médico - continuam nos CFCs. A confecção de placas permanece normal, bem como a remoção de veículos multados, os serviços de transferência, vistoria, alteração de endereço e comunicação de venda.

A paralisação atinge 85% do efetivo estadual e deve continuar por tempo indeterminado, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindet), Maximilian da Rocha Gomes. Os grevistas esperam uma proposta do governo do Estado às reinvindicações, que contemplam a valorização do servidor e a reestruturação dos locais de aplicação dos exames práticos.

Até o momento não houve regionalização das discussões. Todas as decisões referentes à greve estão sendo tomadas na central do Sindet, em Porto Alegre. Entre as exigências dos grevistas estão a reposição salarial de maio de 2012 a junho de 2016, o pagamento do vale-alimentação sem a coparticipação, e a implementação das promoções e das progressões, parte do plano de carreira dos servidores.