Representantes dos moradores da Guabiroba foram à Câmara de Vereadores nesta terça-feira (17) pedir melhorias em drenagem. Com a renovação do Legislativo após as eleições, o grupo relembrou os parlamentares de um acordo firmado em junho de 2016, quando foi estabelecido o compromisso de ajuda aos problemas relacionados à pavimentação e à drenagem na localidade.

Dos 150 pedidos associados à Guabiroba protocolados no Legislativo entre 2013 e 2016 apenas quatro foram atendidos, disse a universitária Josiane Rodrigues, 33, o que motivou a criação de uma comissão de moradores. Desde então, algumas demandas foram atendidas, mas o serviço não agradou. Das seis travessas em que o asfaltamento foi solicitado inicialmente, apenas três foram modificadas, e uma delas já apresenta muitas ondulações e falta de escoamento da água, informou Josiane.

O material utilizado, conforme os residentes, é de baixa qualidade. “Quando está calor, o piche derrete e gruda nos vizinhos”, relatou Iaraju Oliveira, 57. Ela também se incomoda com o esgoto, que durante as chuvas não dá atendimento por falta de um sistema efetivo de drenagem.

O resultado são ruas inundadas, o que a obriga a ficar em casa. A saúde das crianças também é outra preocupação, pois acabam brincando em meio à sujeira. Por isso os moradores estão determinados e prometem não desistir até que vejam as mudanças.

Assim como aconteceu na metade do ano passado, os vereadores voltaram a se comprometer com a causa e devem entrar com um pedido de informação junto às secretarias, a fim de localizar nas pastas projetos que envolvam a Guabiroba. Após o encontro, a vereadora Fernanda Miranda (PSOL) foi à região do Fragata conhecer de perto os problemas.

Respostas
Uma retroescavadeira hidráulica e um caminhão hidrojato estão trabalhando no local, limpando os canais por onde a água escoa e desentupindo a tubulação, informou o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia. “Esperamos que melhore a vazão”, afirmou ele, que reconhece os problemas da Guabiroba, mas lembra que não é algo pontual, pois outros locais da cidade também apresentam falhas na drenagem.

Existe no Sanep um projeto de 2014, no valor de até R$ 400 mil, para estruturação de um sistema de escoamento da água e do esgoto em toda a área do condomínio, que hoje conta com 20 mil habitantes. Em maio de 2016 o então presidente da autarquia, Jacques Reydams, afirmou que não havia verba para a realização da obra, e que os serviços na Guabiroba dependiam da entrada de valores referentes ao pagamento de impostos. Como o orçamento do Sanep para 2017 ainda não foi finalizado, não há como prever o início das ações em tubulações. E o valor ainda pode ter sofrido modificações devido à inflação, lembrou Garcia.