DP 127 anos

Mais acesso à Educação

Há mais de 21 mil estudantes de graduação e pós na Zona Sul

Divulgação -

A política nacional de democratização do Ensino Superior, desencadeada a partir da segunda metade dos anos 2000 por meio da criação de instituições, novos campi e novas vagas (Reuni), que atendeu à perspectiva de interiorização, possibilitou a democratização do acesso de milhares de estudantes à universidade e contribuiu para o desenvolvimento humano, social, cultural e econômico das cidades, avalia a pró-reitora de Ensino, professora e líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais (Neppe) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maria de Fátima Cóssio.

Na Zona Sul, são mais de 21 mil estudantes em cursos de graduação (presenciais ou a distância) e pós-graduação em universidades e 42 mil em escolas da rede pública estadual. Segundo o coordenador regional de Educação, Carlos Humberto Marques Vieira, trata-se de uma região que vem evoluindo com as políticas públicas educacionais, processo tecnológico, formação de professores e acesso às escolas.

“A educação foi universalizada”, diz o titular da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que abrange 198 municípios. Ele entende que é preciso trabalhar muito as relações no sentido de humanizar o processo educacional na rede pública estadual, com um olhar singular para cada escola e aos colegas, estar mais próximo possível e construir uma proposta pedagógica que identifique o perfil de onde a escola está inserida. Dessa forma, analisa, é possível atender aos anseios da comunidade.

Cita o comprometimento da grande maioria dos professores, que mesmo com as dificuldades atuais se mantêm heroicamente trabalhando, fazendo um trabalho valoroso, digno, de qualidade, muito significativo. “Hoje, os recursos humanos, somados aos avanços tecnológicos, juntamente com o amadurecimento político da sociedade como um todo, tornam possível olhar a escola com mais atenção e ir aperfeiçoando o processo”, comenta.

As dificuldades econômicas refletem o problema que interfere diretamente e nessa questão entram o parcelamento dos salários, o atraso no pagamento, como pontos bastante negativos. “Não podemos ser insensíveis a essa problemática, que é um dos elementos mais prejudiciais”, observa o coordenador. Em termos de políticas públicas considera ter havido uma significativa evolução, pois antigamente as dificuldades eram bem maiores. Hoje não faltam vagas, assegura.


Na avaliação da pró-reitora de Ensino da UFPel, as universidades podem se articular e interagir com a cidade e a região onde estão instaladas, o território nacional e o mundo. Mas também podem estar muito mais ligadas a alguns deles, centrando suas atenções a questões mais amplas (nacionais e globais) e menos às locais e regionais.

“Isso depende do projeto de universidade definido pelo coletivo da instituição, mas passa, sobretudo, pela discussão sobre o papel que deve ser desempenhado pela universidade e pelo sentido de pertencimento das pessoas ao território”, observa, ao acrescentar que pesquisas assinalam para o desenvolvimento econômico das cidades de pequeno e médio onde as novas universidades foram instaladas e revelam o impacto proporcionado pelo incremento dos recursos públicos na construção, na instalação e na manutenção das instituições. Revelam também o intercâmbio cultural, social e humano propiciado pela diversidade.

Para Maria de Fátima, a universidade tende a ocupar uma posição fundamental nos processos de produção e difusão da ciência e da cultura, de inovação tecnológica, no desenvolvimento socioeconômico, contribuindo na qualificação dos diferentes níveis de ensino do sistema educacional, além de desempenhar uma pluralidade de funções em termos de formação acadêmico-profissional.

Considera que uma de suas maiores contribuições será a de auxiliar na formação de pessoas capazes de elaborar o seu próprio pensamento a respeito do mundo, capturar as informações e transformá-las em conhecimento, desenvolver a condição de análise crítica e fundamentada da realidade, permitindo a tomada de decisões, o diálogo, o respeito mútuo e a solidariedade em qualquer campo de atuação profissional e pessoal.


A UFPel oferece atualmente 96 cursos de graduação, sendo 66 bacharelados, 22 licenciaturas e oito cursos de tecnólogos. Na pós-graduação são 43 cursos de mestrado acadêmico, seis cursos de mestrado profissional, 26 de doutorado e 26 de especialização. Possui campi em Pelotas, Capão do Leão e Eldorado do Sul, e tem 21 mil alunos no total. A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) tem na Zona Sul campus em Jaguarão, onde atende 895 alunos em turmas de graduação. Na região de abrangência da 5ª CRE (18 municípios), são 128 escolas estaduais e 42 mil alunos.

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