Luta

Mais informação e menos preconceito para conscientizar sobre o autismo

10ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo é marcada por luta contra o preconceito através da educação

Foto: Pedro Lopes - Desde o final de semana, associações estão realizando eventos de conscientização durante a 10ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo

Mais informação, menos preconceito. É com esse lema que a 10ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo, em Pelotas, mobiliza esforços para educar a comunidade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e fortalecer a busca das famílias por direitos, inclusão e políticas públicas. Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado no último domingo, esta semana, e também todo o mês de abril, serão marcados por rodas de conversa, palestras e outras atividades sobre o tema.

O evento, promovido pelo Centro de Atendimento ao Autista Dr. Danilo Rolim de Moura, pela Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (Amparho) e pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cognição e Aprendizagem (Nepca) da UFPel, busca lutar contra o preconceito através da informação. “Quando se fala sobre TEA e sobre a importância das políticas públicas, de uma forma ou de outra as pessoas ficam sabendo e, o que temos de mais rico para todos é o acesso à informação”, avalia a diretora do Centro de Atendimento ao Autista, Débora Jacks.

A presidente da Amparho, Eliane Bitencourt, observa que, ao longo dos anos, a adesão das pessoas às atividades durante o mês de abril cresceu bastante, o que mostra a importância de continuar mobilizando a comunidade. No último sábado, uma grande caminhada pelo centro de Pelotas, que reuniu mais de mil pessoas, abriu as atividades da semana de conscientização. Ainda em 2011, nas primeiras caminhadas organizadas pela instituição, Eliane relembra que cerca de 50 pessoas compareciam. “Nesse mês as pessoas estão voltadas à causa e abertas pra falar sobre autismo, e a gente se apropria desse período. É um momento que usamos para difundir a causa, conscientizar e lutar”, observa.

Além da caminhada, uma mateada no último domingo, no Parque Dom Antônio Zattera, e a realização de uma audiência pública na manhã de segunda-feira, na Câmara de Vereadores, marcaram os primeiros dias de atividades.

Principais reivindicações

Para além do objetivo de educar a comunidade, o momento é de discutir e divulgar as demandas e desafios das pessoas com TEA e suas famílias. Na Amparho, que possui mais de 250 famílias vinculadas ao trabalho, que inclui assistência jurídica e psicológica, Eliane destaca duas reivindicações. “Estamos lutando muito por concurso público para professores auxiliares e mais políticas públicas para jovens e adultos com autismo”, comenta. A presidente avalia que, enquanto as escolas precisam oferecer o atendimento pedagógico especializado às crianças com TEA, as políticas públicas também precisam olhar com mais atenção para jovens autistas, que, muitas vezes, acabam isolados da sociedade depois de adultos.

Já no Centro de Atendimento ao Autista, que possui cerca de 550 alunos, que recebem diferentes acompanhamentos educacionais e psicopedagógicos, a diretora avalia que, enquanto já existem mais estratégias e tecnologias para ajudar a transpor os desafios, principalmente na área da educação, ainda é preciso avançar muito na aplicação da teoria. “É ter a informação e o que fazer com ela. A principal acessibilidade que precisamos mais que qualquer outra é a atitudinal, de olhar para aquela criança, jovem ou adulto e entender que seus comportamentos estão sendo causados por algo”, observa.

Programação completa

Nesta semana, nos dias 4 e 5 de abril, o evento promove o Seminário Dialogando sobre TEA, nos turnos da manhã e tarde, online e com transmissão no YouTube. Já no dia 6 de abril, ocorre, à tarde, a festa de aniversário de 9 anos do Centro de Atendimento ao Autista, que encerra as atividades da semana. Ao longo do mês, uma exposição fotográfica no Centro, palestras, rodas de conversa e capacitações também devem ocorrer. Nas redes sociais da Amparho e do Centro de Atendimento, é possível acessar mais informações sobre as demais atividades e entrar em contato com as instituições.

Seminário Dialogando sobre TEA
Terça-feira (4)
8h30min: Abertura
9h: Palestra: Autismo: o que é e o que fazer?
10h15min: Intervalo
10h30min – Mesa 1 :TEA: comorbidades, diagnóstico tardio, vida adulta, TEA e TDAH.

13h30min – Mesa 2 : Inclusão da Educação Básica ao Ensino Superior.
15h15min: Intervalo
15h30min: Palestra Dupla Excepcionalidade no Transtorno do Espectro Autista.

Quarta-feira (5)
9h: Palestra “Acessibilidade e Inclusão”
10h15min: Intervalo
10h30min -Mesa 3: Pesquisas e Avanços

13h30min - Mesa 4: Diálogos nada sobre nós sem nós.
15h15min – Intervalo
15h30min: Palestra “Famílias Atípicas e Acolhimento”

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