Tecnologia

Mais velocidade e precisão climática

Instalação é por conta de um engenheiro eletricista vindo do Japão e de um outro técnico, do Rio de Janeiro

Carlos Queiroz -

Um ganho para a área acadêmica e também para Pelotas e região quanto à previsão climática e ao alerta de fenômenos naturais. O Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPPMet/UFPel) está instalando, desde a última terça-feira (19), um novo radar meteorológico - modelo Doopleer Manda S.

O aparelho, único no Estado, permite identificar, por meio de ondas eletromagnéticas, as mudanças climáticas, além de quantificar o volume e a rapidez que o fenômeno chegará à Zona Sul.

A substituição do radar analógico que o CPPMet possuía, e que não estava em funcionamento desde 2010, está sendo denominada de upgrade, pois utiliza equipamentos antigos instalados na década de 90, combinados ao sistema que está sendo modernizado. A torre - localizada no campus Visconde da Graça (CAVG), do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) - onde fica o radar e a antena, é uma das partes que não sofreram alterações. De acordo com o diretor da Faculdade de Meteorologia da UFPel, Fabrício Harter, este é um momento muito importante para a cidade e para a academia. O processo de instalação do radar dura cerca de dez dias e deverá ser concluído até a próxima quarta-feira. O novo equipamento ainda será usado em modo de pesquisa até o fim do ano, durante o período de adaptação.

Na sequência passará ao modo operante, que permitirá maior precisão dos eventos climáticos, trazendo benefícios para diversos setores como: agricultura, geração de energia e até monitoramento de navegação marítima e aeronáutica, relata o diretor.

O radar é importado, fabricado por uma empresa finlandesa chamada Vaisala. Para a instalação foi preciso vir do Japão um engenheiro elétrico e mais outro técnico do Rio de Janeiro. O projeto de instalação do aparelho é coordenado pela meteorologista Rita Alves, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com o apoio da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs). O investimento está orçado em R$ 800 mil e é oriundo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Etapas da instalação
Substituição
Teste
Treinamento

Como eram feitas as previsões
Analógico
Era usado principalmente em modo de
pesquisa, nunca em modo operacional
Quando era necessário, o CPPMet recebia
informações do radar meteorológico da aeronáutica
As pesquisas eram realizadas com base
em módulos numéricos, dados de superfície
e imagens de satélite

Como será
Digital
Usado como modo operacional de vigilância, prevendo chuvas fortes e desastres
Em casos em que a precipitação tem uma formação rápida será possível prever a chegada da chuva com até uma hora de antecedência
Maior precisão, pois além de dados numéricos e imagens de satélite será utilizado também um software
Alcançará um raio de distância de 480 quilômetros sem quantificar o volume de chuva
Alcançará um raio de distância de 230 quilômetros com precisão quantitativa
Será possível analisar a intensidade da chuva e se ela virá acompanhada de granizos

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