Nas estradas

Metade Sul do Estado permanece com focos de mobilização de caminhoneiros

O último ponto a registrar movimento de caminhões é o quilômetro 612 da BR-116, em Arroio Grande

A Zona Sul do Estado registrou mais um ponto de manifestações dos caminhoneiros na manhã desta segunda-feira (7). Segundo a concessionária Ecosul, há movimentação no quilômetro 612 da BR-116, em Arroio Grande, além dos quilômetros 62 e 66 da BR-392, em Pelotas. Nos três focos de protestos, a empresa e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não contabilizaram bloqueios. A Justiça, atendendo a pedido de liminar da Advocacia Geral da União (AGU), proibiu a obstrução das rodovias federais do Rio Grande do Sul, sob pena de multa de R$ 5 mil para cada manifestante, ou R$ 10 mil a cada integrante que estiver em aglomerados.

Segundo a Ecosul, na madrugada desta segunda houve ainda queima de madeiras e lixos no quilômetro 526 da BR-116, na localidade conhecida como Passo do Salso, em Pelotas. Os motoristas ficaram no canteiro do trevo e, ainda conforme a empresa, houve atos de vandalismo, como apedrejamento a veículos de carga que não atendiam aos apelos dos integrantes dos piquetes. Pela manhã a situação estava tranquila. O mesmo cenário foi confirmado nos quilômetros 62 e 66, da BR-392, ambos nas saídas da cidade.

De acordo com o chefe da 7ª Delegacia da PRF, José Apodi Dourado, a manifestação no quilômetro 427 da BR-116, em Cristal, está sendo considerada a mais forte. "Como o combustível de algumas bandeiras vem de Canoas, pode haver atraso na chegada de gasolina nos postos." A Ecosul informou que os veículos de cargas estão sendo direcionados ao pátio do posto e que os integrantes do protesto estão ateando fogo em pneus no acostamento.

Segundo Dourado, os manifestantes programam bloqueios de forma esporádica para não serem flagrados, uma vez que agora a obstrução das rodovias está proibida. "Estamos monitorando todos os pontos, mas quando vamos checar uma denúncia de bloqueio, não há mais manifestação", analisou. Ele lembra que além das multas a serem aplicadas a quem desobedecer a ordem judicial, o motorista que não quiser se identificar, pode ser conduzido coercitivamente pela PRF até a Polícia Federal para registro.

Porto de Rio Grande
Desde o início dos protestos, no dia 1º de agosto, o Porto de Rio Grande registra redução de 70% na chegada de caminhões diariamente aos terminais. O complexo funciona normalmente para os veículos de carga que consigam chegar até o terminal. Segundo a assessoria de imprensa, não há obstrução física, como piquetes, nos portões do Porto.

Motivação
Os protestos da categoria foram deflagrados há cinco dias. Os caminhoneiros são contra o aumento no preço dos combustíveis, imposto pelo presidente Michel Temer, especialmente do diesel. Eles exigem também a criação de uma lei que estabeleça piso no preço do frete, mais segurança nas rodovias e aposentadoria diferenciada.

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