Relações Internacionais

Nos Estados Unidos, Lula reitera defesa da democracia no mundo

Presidente foi recebido por Joe Biden, nesta sexta-feira, na Casa Branca

Ricardo Stucket - PR -

Por Heloisa Cristaldo, Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta sexta-feira com o presidente norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos. Em um discurso à imprensa de quase dez minutos, Lula tratou de temas como a defesa da democracia no mundo, preservação da Amazônia e o combate à mudança climática.

Ao receber Lula no Salão Oval da Casa Branca, Joe Biden ressaltou que as "duas nações são democracias fortes que foram duramente testadas e prevaleceram". O presidente americano citou os atos de vandalismo nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 e em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano.

As mudanças climáticas foram mencionadas pelos dois presidentes como um dos principais desafios a serem enfrentados no cenário atual. "Nossos valores compartilhados e os fortes laços entre os nossos povos tornam o Brasil e os Estados Unidos parceiros naturais para enfrentarem os grandes desafios atuais, globais, mas especialmente a mudança climática", argumentou Biden.

Lula iniciou sua declaração agradecendo o rápido reconhecimento de Joe Biden em sua vitória nas eleições de 2021. O presidente também afirmou que vai trabalhar para recolocar o Brasil na nova geopolítica mundial porque o País ficou fora do cenário nos últimos quatro anos.

"O senhor sabe que o Brasil ficou quatro anos se automarginalizando. Um presidente que não gostava de ter relações com nenhum país", disse. Sem citar Bolsonaro, afirmou que "seu mundo começava e terminava com fake news". Biden respondeu que a situação "soa familiar", em referência ao ex-presidente americano Donald Trump.

O presidente Lula falou também sobre a necessidade de preservação da Amazônia e propôs uma aliança contra mudanças climáticas. "Cuidar da Amazônia hoje é cuidar do planeta Terra. E cuidar do planeta Terra é cuidar da nossa sobrevivência. Por isso, todos nós temos a obrigação de deixar para os nossos filhos e netos um mundo melhor do que o que recebemos dos nossos pais", disse. "É preciso que a gente estabeleça uma nova conversa para construir uma governança mundial mais forte, porque a questão climática, se não tiver uma governança global forte, que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo".

Desigualdade racial
Outro ponto trazido por Lula no encontro é o combate à desigualdade racial. "A questão racial que, de vez em quando, eu vejo ela sendo praticada em todos os países, nos Estados Unidos e no Brasil. E, sobretudo, a periferia jovem, os jovens negros da periferia, são vítimas, muitas vezes, da incapacidade do Estado, porque a violência que existe na periferia é a ausência do Estado com políticas públicas para garantir sonhos à juventude", destacou.

Encontro
Na manhã de sexta-feira, Lula se encontrou com parlamentares do partido Democrata. Por meio das redes sociais, o presidente disse que foram tratados de "programas sociais que desenvolvemos no Brasil, a preocupação que compartilhamos sobre o meio ambiente e futuro do mundo e enfrentamento à extrema-direita e fake news nas redes sociais".

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