Entrevista

“Nós transformamos sonhos em realidade”, diz governador distrital do Rotary

Em Pelotas, José Luiz Bornéo, representante dos clubes de toda a região, falou sobre as principais causas e objetivos do trabalho dos rotarianos na comunidade

(Foto: Carlos Queiroz) - visita. Representantes do Rotary estiveram no Diário Popular

“Dar de Si Antes de Pensar em Si”. Esse é um dos lemas que rege as atividades do Rotary, organização internacional que conta com cerca de 1,4 milhão de associados e atua de forma solidária em defesa de diversas causas, como saúde, educação e meio ambiente. No Brasil, são mais de 30 distritos que organizam os mais de dois mil clubes existentes. Em Pelotas, existem seis Rotary Clubs, dois Rotaract Clubs (para jovens a partir dos 18 anos), dois Interact Clubs (para jovens entre 12 e 18 anos) e um Rotakids, para crianças.
Em visita a Pelotas, o governador do distrito 4680, José Luiz Bornéo, que representa os clubes de toda a Zona Sul, conversou com o Diário Popular sobre as principais frentes de atuação da organização no Município, como o financiamento das obras da sede da Associação de Pais de Pessoas com Síndrome de Down de Pelotas (Apadpel). Junto ao presidente do Rotary Club Pelotas Suleste, Eduardo Carreira, à presidente do Rotaract Club de Pelotas Norte, Luiza Kolton, e da governadora assistente, Marinice de Moraes, a equipe também falou sobre os objetivos e causas defendidas pelo grupo.

Onde se concentram os trabalhos do Rotary em Pelotas atualmente?
carreira: Trabalhamos muito em ações conjuntas. A obra da Apadpel, por exemplo, foi iniciada na gestão 2021-22 e agora seguiu e está em conclusão da fase inicial. O clube que eu participo [Pelotas Suleste] tem mais projetos na área assistencial, estamos nos envolvendo em projetos com o Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), com doações para o Hospital Escola (HE-UFPel) e o Hospital Espírita (HEP). Junto ao Instituto de Menores, também temos um projeto que fornece arroz e feijão.
bornéo: Através do Rotary Club Pelotas Oeste, estamos com um projeto global na compra de instrumentos cirúrgicos, que vai aumentar a capacidade da Santa Casa aqui de fazer cirurgias na próstata, que tem uma fila de espera grande aqui. Estamos na parte final dessa compra para doação à Santa Casa. De modo geral, o Rotary provoca mudanças, em si mesmo e nas comunidades, mas são mudanças duradouras. Mudanças que ficam. Se a gente adota uma escola, a gente apoia essa escola e, quando ela está firme na base, entregamos pra comunidade. Esse é o serviço do rotariano. Gosto de dizer que nós transformamos sonhos em realidade.

Quais as principais causas defendidas pelo Rotary?
bornéo: A erradicação da pólio é nosso carro-chefe. O Rotary começou, em 1985, quando morriam mil crianças por dia no mundo por poliomielite. Hoje posso dizer que temos nove casos de poliomielite no mundo. Hoje em dia, nós arrecadamos através de campanhas, e também do próprio bolso, e tudo vai para o Fundo Mundial de Saúde. Além de vacinas, patrocinamos divulgação e outras coisas. Isso o mundo todo trabalha. A arrecadação mundial prevista para este mandato, de 2023-24, ultrapassa 5 bilhões de dólares. A gente quer ver o fim da poliomielite, como se viu de outras doenças. Já nos regozijamos com os feitos conseguidos, mas ainda falta. Agora, no Brasil, tivemos um retrocesso. Todos os Rotarys estão pegando firme [nessa causa], porque o Brasil caiu na vacinação. Recebemos um material pronto de divulgação. Somos 31 distritos no Brasil, cinco no Estado, e todos vão trabalhar com o mesmo material. Temos para divulgação em rádio, jornal, outdoor, telas de telefone e computador. Foi um grande investimento, porque o pessoal começou a desacreditar na vacina.
carreira: Também vamos tentar fazer uma ação com a Casa da Vacina, para ampliar essa cobertura aqui em Pelotas.

Quais os principais objetivos para este mandato (2023-24) na nossa região?
bornéo: Nosso distrito começa lá em Candelária e vem até o final da Zona Sul. São 54 clubes. A função do governador é harmonizar esses clubes para que, por exemplo, numa campanha dessas [como a da pólio], todo mundo trabalhe de uma forma parelha. Independentemente disso, cada clube tem seus projetos. Os meus objetivos são para os clubes e cada um tem seus objetivos. Estive no Pelotas Norte. Lá, por exemplo, eles focam em educação, meio ambiente e conflitos. O Pelotas Oeste está fazendo a Apadpel, que está atendendo 60 crianças hoje e, quando ficar pronto, poderão atender 160. Então Pelotas é um grande centro do distrito 4680. São cerca de 250 pessoas que pagam para fazer o bem. Nós somos companheiros das comunidades. É isso que o Rotary faz. Somos cidadãos que procuram fazer o bem.

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