Demanda

Usuários do transporte coletivo reclamam da falta de horários

Aos domingos, o último horário dos itinerários em todo o Município é às 20h30min, o que tem afetado funcionários do Shopping Pelotas e do Pronto Socorro

Foto: Janine Tomberg - arquivo - Argumento do consórcio é que decisão leva em conta a quantidade de usuários por linha

As alterações no funcionamento do transporte coletivo realizadas devido à pandemia ainda são sentidas por passageiros de vários pontos do Município. Entre as principais reclamações, estão a integração de várias localidades na mesma linha, assim como a limitação de horários à noite e no fim de semana. Questões que, além dos usuários em geral, têm afetado trabalhadores do Shopping Pelotas e do Pronto Socorro. Devido ao número de queixas, o problema chegou a ser tema de audiência pública na Câmara de Vereadores.
Na pauta da reunião foram elencados apontamentos enviados pela população em pelo menos nove trajetos dos ônibus (Balneário dos Prazeres, Interbairros, Barro Duro, Lauro Ribeiro, Sítio Floresta e Gotuzzo/Cohab). Uma das reclamações é da moradora do bairro Fragata, Janice Amaral. Trabalhando como técnica de enfermagem no Pronto Socorro de Pelotas, a profissional tem plantões frequentes aos finais de semana e a falta de horários é um impasse para o deslocamento.
Conforme ela, o intervalo é de aproximadamente uma hora e meia de espera entre o horário que acaba o expediente e a passagem do transporte. “Domingo, quando a gente solta às 19h, só tem ônibus às 20h30min”. A alternativa encontrada foi a união com outras duas colegas para custear carros por aplicativo. “Pagamos para não ter que ficar na parada porque nós trabalhamos 12 horas”.
Antes da pandemia, de acordo com Janice, havia as linhas Cohab, Gotuzzo, Fragata e Virgílio Costa, o que foi unificado em apenas um itinerário conjunto. Alteração que também afeta os usuários em dia de semana. Embarcando próximo da Avenida Bento Gonçalves, para a técnica de enfermagem já seria comum percorrer o trajeto até sua casa em pé no ônibus. “A gente sofre muito com os horários porque antes tínhamos mais disponibilidade de horários”. A passageira destaca ainda que somente do hospital mais de dez pessoas utilizam essa linha.
A falta de disponibilidade de um número maior de horários nos finais de semana à noite também é motivo de queixas dos usuários do Barro Duro. O último horário do centro para o bairro é às 20h30min, o que tem prejudicado moradores que trabalham no shopping e dependem do transporte. Com a filha saindo do expediente após às 22h, Tainá Rocha reclama que quando não pode buscar ela, a única alternativa é gastar com transporte por aplicativo. “Não só ela como várias pessoas. Não acho justo, deveria ter ônibus mais tarde, as pessoas trabalham em muitos lugares à noite”.
Já a mãe trabalha durante o dia e aponta outra dificuldade: a integração do Barro Duro com o Laranjal após as 20h. Questão que faz o tempo do trajeto aumentar consideravelmente. “Às vezes pode-se pensar que uma hora até chegar em casa não é nada, mas esse tempo em casa é uma diferença para quem tem uma jornada inteira de trabalho”.

Intensidade de reclamações
“São muitas as reclamações que chegam diariamente ao nosso gabinete sobre a situação do transporte coletivo”, relata o vereador Cristiano Silva (UB) sobre o que motivou a realização de uma audiência pública, na última semana. Além das questões já citadas, de acordo com o parlamentar, outra queixa frequente é em relação a lotação dos ônibus em horário de pico. “Acredito que os fatos precisam ser discutidos, a população deve receber explicações e juntos precisamos buscar soluções”.

Quantidade de usuário
Conforme o diretor do Consórcio de Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP), Enoc Guimarães, aos domingos, as últimas viagens são por volta das 20h30min em todos os bairros. Isso porque haveria uma falta de demanda dos usuários neste dia, o índice de passageiros por quilômetros representaria cerca de um terço em comparação com os dias úteis. A alternativa para a disponibilidade maior de horário seria por meio da aquisição de um número maior de veículos.

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