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Obras na Estrada do Engenho avançam, gerando expectativa em moradores
Enquanto asfaltamento segue em evolução, famílias aguardam por mais informações sobre habitações às quais serão deslocadas
Foto: Carlos Queiroz - DP - Parte das obras deve ser entregue em agosto, com o restante em dezembro
As 57 moradias populares a serem entregues aos moradores da região da Estrada do Engenho devem estar prontas ainda esse ano. Serão 22 em agosto e 35 até dezembro, segundo projeções da Prefeitura. No entanto, alguns moradores ainda alegam falta de informações acerca do processo de troca de endereço, já que eles serão retirados de suas atuais casas, em cima do dique do canal São Gonçalo, processo que vem sendo conduzido desde 2017 após acordo com o Ministério Público para a retirada das casas em área de risco.
As 35 unidades serão construídas com recursos do programa Avançar na Habitação, do governo do Estado, com investimento de R$ 2,4 milhões e contrapartida do Município de R$ 1,37 milhão. As outras 22 são financiadas pelo convênio firmado entre a Prefeitura e o Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), com investimento total de R$ 2,4 milhões, sendo R$ 1,2 milhão de contrapartida.
Em janeiro, um protesto de moradores cobrava mais clareza no processo. Nesta quinta-feira (11), em conversa com a reportagem, alguns disseram que, de lá para cá, pouco mudou. Segundo Viviane Cabral, desde o ano passado não há contato por parte da administração municipal. No entanto, ela e o marido, Vinícius Barcellos, estão ansiosos pela mudança. “A gente só vai acreditar quando estiver com os dois pés lá dentro”, diz.
Ele afirma ter esperança que o processo de mudança ocorra logo e espera ter uma moradia “de papel passado”, em que possa sentir a tranquilidade de que está em um local próprio, não uma ocupação. Uma de suas preocupações no endereço atual, às margens do canal, é a insegurança pelo alto fluxo de veículos e pela falta de iluminação adequada.
Já Luciano Silva, também morador da região, mantém a esperança de que a mudança ocorra logo. Ele mantém o otimismo de que a troca ajudará a ter maior qualidade em infraestrutura para viver. “Aqui a gente não tem uma luz, uma água legalizada, nada”, lamenta. O morador, que costuma ver as novas casas em construção, ao final da rua, diz estar gostando do resultado. No entanto, também afirma não estar a par de nenhum prazo ou andamento da troca.
Em janeiro, a Prefeitura informou ao Diário Popular que desde 2017 a Secretaria de Habitação acompanha as famílias após a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e, mantendo o cadastro atualizado, com 43 famílias. “A retirada das famílias do dique é uma exigência do Ministério Público, por se tratar de área de risco. Ainda por exigência do MP ninguém poderá ficar sobre o dique”, disse o Executivo, em nota à reportagem.
Na quinta, via assessoria, o secretário de Habitação, Ubirajara Leal, reafirmou que as famílias que receberão os imóveis já foram selecionadas e, quando as casas estiverem prontas, serão chamadas pelo Município para programar suas mudanças.
As casas
Os imóveis terão 42,84 metros quadrados de área construída, com dois quartos, um banheiro, sala e cozinha conjugadas, afirma a Prefeitura. Quem transita pelo local pode perceber que algumas das moradias já recebem pintura, enquanto equipes trabalham na construção de outras unidades.
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