Agronegócio
Ovinopro: o rebanho ovino na palma da mão do criador
Startup apresenta aplicativo com soluções aos ovinocultores durante a Expofeira
A tecnologia está cada vez mais próxima do homem do campo e trazendo soluções para ajudá-lo na hora de gerenciar sua propriedade. A Expofeira Pelotas está repleta destas tecnologias, apresentadas aos produtores, técnicos e estudantes durante os eventos da Conferência Rural. Nesta edição da feira, foi criado um ambiente especialmente para estes empreendimentos, o Espaço das Startups, localizado dentro do pavilhão de remates.
No sábado e no domingo, das 14h às 19h, é possível conversar com os idealizadores destes negócios e conhecer as soluções tecnológicas ou não, apresentadas por eles. De acordo com a representante do Sebrae, Cândida Bolzoni, os interessados podem participar ainda de uma experiência da tecnologia metaverso, disponível no local. “O espaço foi construído a muitas mãos, resultado de parceria entre a ARP, Sebrae, Inova RS, Parques Tecnológicos de Pelotas e Rio Grande, startups e outros”, diz.
Estão presentes no espaço as startups Agrobrand & Food, TCB Pesquisa e Inovação, AuRos Robotics, Partamon, Veat, Rematefy, Sollus Inteligência Geográfica, AbigeApp: Aplicativo contra furto de gado, Sparticle e Velacon Nutrição Animal.
Uma das startups que apresentou sua solução tecnológica aos produtores durante a Expofeira foi a @ovinopro, e como o próprio nome diz, especializada em ovinos, que ajuda o produtor a fazer a gestão e controle do seu rebanho. “O que era feito antes no papel e na caneta, agora é feito no celular por meio do aplicativo”, diz o fundador da startup, Adriano Freitas, que registra a presença de usuários em 15 estados do Brasil e pelo menos outros dez países: Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal, República Dominicana e outros.
Entre os registros possíveis dentro do aplicativo estão parte sanitária, reprodutiva, nascimentos dos cordeiros, vacinação, vermifugação. “Tudo o que envolve a produção e ciclo reprodutivo, se consegue lançar no aplicativo, que funciona sem internet e fácil de utilizar”, ressalta. Até mesmo quem não é adepto às tecnologias o utiliza sem qualquer dificuldade, garante, comparando-o ao WhatsApp.
Freitas destaca que o aplicativo além de ajudar a fazer a coleta de dados, cruza, analisa e entrega um relatório pronto. “Imagine que o produtor está no meio do campo quer saber dados de um determinado animal. É só puxar o celular do bolso, digitar o número do brinco e obtém a ficha dele na palma da mão”, ressalta.
Entre os relatórios, parte sanitária, repetição de problemas de verminose, último vermífugo aplicado para evitar resistência ao parasita, principais motivos de morte no rebanho, como foi a estação de monta, nascimento dos cordeiros, peso ao nascer, entre outros. “Ele consegue buscar relatórios para melhor seleção de matrizes, quais as que produzem bem e dão melhor retorno financeiro”, diz. São poucos cliques que podem ser feitos no celular ou computador e tudo vinculado à parte financeira.
“Quem usa o @ovinopro consegue controle sanitário, nutricional e financeiro do rebanho”, garante. Entre as melhorias apontadas pelos usuários ele destaca organização e controle. “Clientes apontaram 118% de ganho de peso e redução de 90% da mortalidade nos cordeiros”, garante, pois com o aplicativo o produtor selecionou melhor o rebanho, que se tornou mais produtivo e o resultado é um maior retorno financeiro.
Mas o @ovinopro não se restringe aos limites da propriedade e está criando um braço de comercialização para ajudar o produtor da porteira para fora. “Através de projeto com o frigorífico Carneiro Sul, através do aplicativo, o produtor poderá ofertar os cordeiros que ele tem diretamente para o frigorífico”, ressalta. O produtor além de produzir melhor terá um canal para escoar a produção e aumentar a sua rentabilidade.
O aplicativo está disponível em todas as plataformas, tanto no Google quanto na Apple. Basta acessar a loja e baixar, com um período de teste grátis por sete dias. A posterior compra e pagamento pode ser feita dentro do próprio aplicativo ou entrar em contato pelos canais disponibilizados, ou ainda site e Instagram. “Conforme o engajamento do produtor, a própria startup pode entrar em contato”.
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