Evento de rua

Para que a visibilidade lésbica seja diária

2ª Sapatada Cultural promoveu diversas apresentações artísticas e comercialização de produtos confeccionados por mulheres, em frente ao Guarany

Jô Folha -

A frente do Theatro Guarany foi palco para celebrar a 2ª Sapatada Cultural, evento que integra a 4ª Semana da Visibilidade Lésbica de Pelotas e é organizado pelo Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro. Quem passou pelo local, na tarde deste domingo, pôde prestigiar apresentações musicais, artísticas e diversas banquinhas de produções locais protagonizadas por mulheres.

A primeira edição do evento ocorreu em 2019. Depois, em função da pandemia acabou acontecendo de forma online. A ideia é proporcionar um espaço cultural e com diversidade acerca da visibilidade lésbica. De acordo com uma das integrantes do Coletivo, Gabriela Manso, a iniciativa - que encerra a semana de ações - é uma construção coletiva e aberta. "Nesse dias outras atividades acontecem. E a gente evoluiu muito nos temas, começamos tratando de autoconhecimento e reconhecimento. No outro ano falamos muito de saúde mental e íntima e agora estamos debatendo lugares políticos, porque não basta resistir é preciso avançar", aponta. O evento recebeu apoio do Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (Gamp), do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal de Pelotas (DCE-UFPel) e da Frente 8M.

Acompanhada de Andrezza Silva, Luiza Caetano e Taís Galindo, também integrantes do Coletivo, as meninas contam que dezenas de empreendedoras locais se inscreveram para comercializar produtos, desde artesanatos a comidas e bebidas. Mais de dez artistas mulheres também subiram ao palco da Sapatada. Uma delas foi Camila Cuqui, 31, que além de presentear a comunidade com sua voz também expôs sua produção. Ela e a namorada são proprietárias da Tecla Gráfica (@firmatecla). Elas produzem adesivos, cadernos e bloquinhos na própria casa e vendem de forma online. No palco, ela apresentou canções da carreira solo e também as do tempo em que integrava a banda pelotense Musa Híbrida.

Por lá também estava a artista Joy (@joymorrison), que começou uma pintura durante o evento, através do muralismo. A paulista chegou em Pelotas há cerca de um mês e a Sapatada foi o primeiro evento local em que participou. "O tema é sororidade. É importante falar sobre o cuidado que uma mulher tem com a outra", diz, enquanto pintava o mural e explicava que utiliza apenas pincéis para suas obras.

Para prestigiar

Giovana de Sá, 18, e Marina Rodrigues, 17, são de Rio Grande e se programaram durante a semana para estar em Pelotas e prestigiar o evento. Para Giovana, que estuda Jornalismo na UFPel, a atividade significa representatividade e visibilidade. "É importante ver outras iguais a mim. A Giovana de 14 anos não teve essa oportunidade", fala a jovem. Marina é estudante do Ensino Médio e destaca a convivência que esses momentos podem proporcionar. "Agora estou esperando meus pais, que estão vindo porque eu convidei", conta.

 

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