"Estamos na entrada do parque onde estão localizadas colunas cilíndricas brancas com um globo na ponta, elas são separadas por um passeio com arbustos floridos e com uma distância de quatro metros entre uma e outra. À direita, há uma casa antiga azul de dois andares onde funciona, atualmente, a Secretaria de Qualidade Ambiental", as palavras são narradas pela estudante de museologia Elen Souza. A narrativa, como o leitor pode imaginar, ambienta o Parque da Baronesa, em Pelotas.

Com folhas de ofício em mãos, Elen lia a descrição para cerca de 17 pessoas que participaram da 1º City Tour Acessível, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sdet) em parceria com os cursos de Letras, Museologia e Turismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o grupo Olhos de Sogra. O passeio foi voltado ao turismo inclusivo e direcionado a pessoas com deficiência.

Durante toda a atividade, guias leram áudio-descrições para deficientes visuais e falavam um pouco da história e das características de cada local visitado.

"É muito bom porque mostra respeito e carinho com a gente. É uma oportunidade para as pessoas com dificuldades", resumiu a paratleta Marli Matias. Com um ônibus do transporte coletivo disponível para o passeio, a cadeirante pode acessar locais que não costuma visitar.

A também paratleta Denise Hax, usou a oportunidade para se inteirar a respeito de locais que possuam acessibilidade. "Como eu recebo gente de outras cidades, de fora do estado, é legal pra saber aonde eu posso levar e que tem acessbilidade", explica Denise. Com deficiência visual, Denise ouvia atenta as descrições que eram lidas.

A partida foi do Largo Edmar Fetter, no Mercado Central, e a primeira parada foi no Parque da Baronesa. Após passeio no parque e no museu, os turistas visitaram a Praia do Laranjal retornando, ao final, para o Centro Histórico.