Troca
Pelotas irá receber novos contêineres de lixo
Sanep já adquiriu novos equipamentos e as trocas devem ocorrer gradativamente
Jerônimo Gonzalez -
Sujos, quebrados, sem peças, queimados. Esta é a situação da maior parte dos contêineres de lixo orgânico instalados em Pelotas atualmente. Sem reparos ou trocas nos últimos meses, a população reclama de problemas como mau cheiro e proliferação de moscas. A novidade é que o Sanep já adquiriu novos equipamentos e as trocas devem ocorrer gradativamente, a partir do próximo sábado, até o mês que vem.
Moradora da rua Santos Dumont, a aposentada Zoé Ribas, 70, conversava nesta segunda-feira (16) com a dona da casa onde mora. “Tô pensando em me mudar daqui”, disse à reportagem. Zoé não consegue conviver com o mau cheiro de um contêiner debaixo de uma das janelas e próximo à porta de entrada da casa. Em muitos casos, ela mesma limpa com uma enxada o lodo que se forma abaixo da lixeira já sem o fundo. Com a chuva, a sujeira entra pelo portão de sua garagem. Toda vez que o caminhão levanta o contêiner, grande parte do lixo é espalhada na calçada.
Enquanto conversava com a reportagem, rapidamente fechou a porta para evitar a entrada de moscas que se proliferam na lixeira. Na companhia da amiga e também aposentada Regina Motta, 69, as duas olhavam a situação da calçada suja, com resquícios dos resíduos orgânicos. Moradora da rua Santa Cruz, Regina acredita que o atual estado das lixeiras também se deve à falta de educação da população. “As pessoas colocam o lixo errado nos contêineres”, comentou ela, que já viu, entre outras situações, moradores colocarem restos de poda, galhos de árvores e de construção civil.
Trabalhador de uma loja de material elétrico na mesma quadra, Otávio Agendes, 27, afirmou que a lixeira está com problemas há algum tempo. O contêiner fica próximo à entrada e à saída de veículos da empresa e causa desconforto aos clientes pelo mau cheiro e o péssimo estado de conservação. Em dias de sol forte o odor aumenta. Agendes também debita à falta de conscientização dos moradores e estabelecimentos do entorno a atual situação. “Já vi colocarem peças de carro sujas com óleo onde só deveria ter lixo orgânico”. Nas ruas da área central e da zona norte da cidade, também são diversos os coletores degradados.
Mudanças em breve
Instalada em 2009, a coleta conteinerizada é destinada exclusivamente ao recolhimento de resíduos domiciliares orgânicos. Após problemas com a empresa Revita, foi firmado um contrato emergencial com a Litucera Limpeza e Engenharia Ltda, no valor mensal de R$ 1,3 milhão, de acordo com Alexandre Garcia. O diretor-presidente garante que a coleta passará por mudanças em breve. “Até o dia 6 de fevereiro trocaremos todos os contêineres. De 730 passarão para 850 lixeiras”, adianta.
Enquanto os atuais suportam de 2.400 a 3.200 litros, os novos terão capacidade de mil litros. Para compensar o volume, técnicos do Sanep estudam áreas onde será necessário maior número de lixeiras. Outra novidade será a periodicidade da coleta. Onde atualmente é diário passará a ser duas vezes por dia. Nos locais onde a coleta ocorre intercalada em três vezes por semana, passará a ser diária. Durante a troca, a via será higienizada antes de receber os novos contêineres. O presidente também assegura que as novas lixeiras passarão por limpezas periódicas.
O contrato do recolhimento foi prorrogado por mais seis meses e o valor readequado para em torno de R$ 1,45 milhão mensais, informa Alexandre. No final do contrato será realizada a licitação para o serviço. A coleta seletiva não passará por mudanças.
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