Casa nova

Plano de ação para atender senegaleses em Pelotas completa um mês

Plano de Atenção foi montado para melhorar a assistência aos senegaleses que chegaram a Pelotas

Paulo Rossi -

A situação dos 50 senegaleses que vivem em Pelotas parece estar mais tranquila. Um mês após o lançamento do Plano de Atenção aos Imigrantes, grande parte das ações propostas está sendo cumprida através da parceria entre prefeitura, Universidade Católica (UCPel), Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário (Sinduscon) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul).

No Dia do Patrimônio os senegaleses participaram de uma conversa sobre imigração, promovida pelo Grupo de Estudos em Políticas Migratórias e Direitos Humanos (Gemigra) da UCPel, e receberam a visita de outros imigrantes que vivem em Caxias do Sul e São Paulo. Para a coordenadora do Gemigra, Ana Paula Dittgen, o plano é um primeiro passo singelo, que deve ser seguido por uma política municipal de acolhimento e inserção efetiva.

Viver em Pelotas está melhor, afirma Modou Gueye, 27, que há uma ano e meio está na cidade. A equipe da Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS) realizou o Cadastro Único de alguns imigrantes, que agora também podem usar o SUS, conta Modou. O que ainda faz falta é a definição de um espaço para que ele e os amigos senegaleses possam vender seus produtos, mas comemora o fato de a Guarda Municipal não ter mais aparecido para retirá-los do Calçadão, depois da confusão em 9 de junho deste ano.

O vendedor adiciona que no Dia do Patrimônio eles fecharam uma parceria com Cheikh Queye Seck, que vive em São Paulo e importa produtos da cultura africana para revender no Brasil. Assim poderão agilizar o projeto de venda para que possam participar do Mercado das Pulgas, outra proposta do plano.

O Núcleo de Referência da SJSS planeja oferecer cursos de empreendedorismo aos senegaleses a partir do próximo mês. A responsável pela ação, Aline Crochemore, ressalta que essas oficinas terão como intuito retirar os imigrantes da ilegalidade. Quanto a um espaço para venda de produtos, a SJSS está organizando um plano empresarial de aproximação com as empresas privadas, fazendo intermédio das vagas, e que também tratará de um possível local de comércio, ainda não definido.

O Plano de Atenção
Ação Social

- Criação de um Núcleo de Referência - em funcionamento na SJSS
- Programas sociais - dez imigrantes já possuem Cadastro Único, os demais aguardam atendimento
- Oficina de costura - o Centro Cultural Marra Benta aguarda aprovação de um projeto
- Atenção à saúde - a UBS Referenciada será a mais próxima da residência de cada imigrante
- Cursos de português e informática - a partir de 6 de setembro se iniciam as aulas no IFSul, todas as terças e sextas-feiras, das 19h30min às 21h30min; a primeira turma oferecerá 30 vagas
- Apoio jurídico - desde 2013 uma equipe da UCPel auxilia os imigrantes
- Cadastro no Restaurante Popular - os senegaleses não demonstraram interesse devido à dificuldade em conciliar horários e deslocamento até o local

(*) Estão previstas ainda ações cultural e de oportunidade

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