Agronegócio
Plantas bioativas são utilizadas à diversificação na propriedade
Emater orienta sobre o uso também no autocuidado e alimentação saudável
Divulgação -
Em Turuçu, a "Capital da Pimenta Vermelha", as plantas bioativas são trabalhadas pelo Escritório Municipal da Emater junto à população e especialmente, aos seis grupos de mulheres rurais existentes no município. O tema ganhará espaço, no Pavilhão da Agricultura Familiar, na Festa do Morango e da Pimenta, que ocorre nos dias 22 e 23 de outubro, no parque de eventos de Turuçu e organizado pela Emater.
A chefe do escritório municipal, a veterinária Alessandra Storch, explica que bioativas são aquelas plantas que possuem princípios ativos que trazem diversos benefícios ao seres vivos. "Incluem-se aí as plantas medicinais, temperos, condimentos, plantas atrativas, repelentes e inclusive a pimenta, com cultivo e agroindustrialização, que remontam duas décadas no município", ressalta.
Além de promover o autocuidado, a saúde e alimentação saudável, as ações da Emater se voltam à diversificação da produção. Importante marco deste trabalho foi a aprovação da Lei Municipal 1338 de 2018, que instituiu a política municipal de plantas medicinais e fitoterápicos, explica a extensionista. Segundo ela, as plantas bioativas são objeto de trabalho do escritório da Emater desde a sua fundação no município, em 1998, com diversos enfoques como a fitoterapia animal, uso e identificação. "Com a aprovação da lei municipal, as extensionistas locais impuseram-se o desafio de criar uma cadeia produtiva de bioativas no município", ressalta.
Nos últimos anos, o trabalho se concentra na qualificação produtiva e disseminação de conhecimento junto à população, ressalta. "Isto é feito através de ações interdisciplinares que reúnem o conhecimento das três extensionistas que trabalham em Turuçu:", salienta. Além de Alessandra, são elas a extensionista
social e enfermeira Karin Peglow e a agrônoma Janaína Rosa. "A equipe organizou um trabalho que inclui produção, identificação, uso e resgate cultural", diz.
Entre as ações, ela destaca o trabalho com o Organismo de Controle Social (OCS) para produção e comercialização de produtos orgânicos "Orgânico é vida", com a intenção de qualificar a produção e agregar confiabilidade e segurança a uma futura produção comercial destas plantas. "Também temos parcerias com instituições de ensino como o IFsul-CAVG e UFPel, que também se destinam a qualificar a produção e uso", diz.
Além da produção, há a necessidade de sensibilizar a população quanto ao uso seguro de tais plantas e também promover resgate cultural de usos domésticos de chás e temperos, explica. Por isso, oficinas são desenvolvidas nos seis grupos de mulheres existentes no município e também com a comunidade de remanescentes quilombolas da Mutuca e com o OCS. "Neste ano, realizamos seis oficinas de autocuidado e escalda pés com todos os grupos de mulheres e duas de identificação e uso com o OCS e grupo de mulheres do Corrientes". O objetivo desse trabalho é valorizar o conhecimento tradicional, bem como promover o uso seguro das plantas agregando o respaldo científico.
O trabalho busca resgatar e valorizar a biodiversidade local, fornecendo informações e trocando conhecimentos, valorizando os saberes tradicionais, ressalta. "É um assunto que gera interesse e desperta sentimentos positivos seja pelas lembranças afetivas ou pela enormidade na possibilidades de usos".
A partir da satisfação diante dos resultados obtidos neste ano, novas ações e atividades são programadas para o próximo ano.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário