Assim como os cães, os gatos também devem ser castrados para, além de controle populacional, proporcionar bem-estar e melhor qualidade de vida para o felino. Devido à remoção dos órgãos, tanto femininos quanto masculinos, produtores de hormônios, o animal torna-se mais calmo e sociável.

De acordo com a médica veterinária Ceres Nakasu, existem dois tipos de castração, a por vídeo, técnica ainda considerada nova em Pelotas, e a retirada dos testículos do macho e o útero e os ovários da fêmea. Ceres ainda defende que a operação seja feita a partir dos seis meses de idade, para não prejudicar o desenvolvimento do sistema urinário, principalmente dos machos.

Quem fez, não se arrepende
O Simba, gato da professora e bióloga Juliana da Silva, foi castrado aos seis meses de vida. Com isso a dona chama a atenção para os hábitos do animal, que se mantém caseiro e sem o costume de fugir. Porém, observa que, dois anos e meio após a cirurgia, começou a comer mais e, consequentemente, ganhar peso. Quanto ao jeito brincalhão do companheiro, Juliana frisa que segue o mesmo.

Já o Rafael Fehrenbach, engenheiro mecânico, castrou seus três gatos, as duas fêmeas por vídeo e o macho pelo método tradicional, e achou a recuperação muito rápida. Assim como a Juliana, ele não notou muitas mudanças no comportamento; os três felinos que seguem ativos e adoram correr.

A castração, embora simples, não é barata. Em clínicas particulares, o método tradicional custa em média R$ 350,00. Já a por vídeo, a partir de R$ 1,3 mil. Para quem tem renda mensal de até dois salários mínimos, a cirurgia pode sair de graça. Uma parceria entre a prefeitura e a ONG SOS Animais Pelotas disponibiliza 500 procedimentos por mês.

As fichas para interessados são distribuídas todas as sextas-feiras, às 8h30min, na sede da entidade, na rua Santos Dumont, 574. As cirurgias são para cães e gatos. É necessário levar cópia da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e de renda.