Ainda revisitando os planos da região para 2030, com atualizações após serem estabelecidos em 2015, o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede-Sul) reuniu-se nesta sexta-feira (4) no Campus I da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O encontro teve os últimos debates acerca do Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional (PED), considerando as mudanças de cenários dos últimos anos desde sua criação. Agora em fase de conclusão do Produto 3 (são quatro no total), foram discutidos os relatórios de propostas de projetos atualizado e modelo de gestão do plano para o período até 2030.

Ao longo do encontro, foram debatidas sugestões de inclusões ou adaptações no plano, debatendo diretrizes estratégicas, missão e visão do processo. Alguns dos projetos discutidos são vistos como essenciais para o desenvolvimento uniforme da região, como a açudagem e a colocação de uma ponte entre São José do Norte e Rio Grande. Com lideranças dos 22 municípios convidadas, ajustes em pontos como necessidades e readequações foram debatidos.

Fábio Castro Neves, coordenador do Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR/UCPel), contratado para auxiliar na revisão, destaca que os 28 Coredes do Estado fizeram o planejamento, mas com os oito anos passados, perceberam essa necessidade pela mudança de contexto, incluindo a pandemia nesse meio do caminho. A discussão de sexta-feira foi para a validação do Produto 3, já que em 2015 eram 73 projetos, hoje com diferentes avanços ou avaliação de necessidade. "A gente estudou com profundidade os números aqui da região em vários aspectos, de infraestrutura, economia, educação, ambiental, telecomunicações… foi um trabalho completo."

Jaqueline Chagas, consultora externa, diz que os projetos têm vínculo com as demandas deficitárias da região e a ideia é que o desenvolvimento se dê através de várias mãos. "A ideia é que esses projetos entrem nas pautas de políticas públicas dos próximos anos", ressalta. Por isso, dados em diversas frentes foram atualizados, levando em consideração déficits e potencialidades de cinco grandes áreas para ajudar na tomada de decisão assertiva. Diagnósticos em comparação com os demais Coredes, itens como educação básica se destacaram negativamente, por exemplo, ficando em 24º lugar. Já em leitos hospitalares, há destaque positivo, ficando em segundo lugar. Castro Neves, por sua vez, aponta a necessidade de uma avaliação criteriosa desses dados com parâmetros científicos.

Objetivos
A ideia é trabalhar concomitantemente com a agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O próximo passo é fazer a apresentação desses dados, consolidando o material desenvolvido e apresentando para que ele sirva como referência tanto para o poder público quanto entidades empresariais, instituições de ensino e sociedade civil usarem para trabalhar de forma conjunta.