Seca
Sanep busca respostas à falta d’água no Porto
Especula-se que problema na rede pode ter sido gerado pelo asfaltamento da rua Conde de Porto Alegre
Jô Folha -
Equipes de água, esgoto e drenagem do Sanep estão por todo lado na zona do Porto de Pelotas, onde investigam a origem do desabastecimento da região, que já ocorre há quase quatro meses. Uma possibilidade seria a obra de asfaltamento da rua Conde de Porto Alegre, pois sábado um bueiro foi quebrado pelos operários daquela frente, o que deixou um quarteirão inteiro sem água. No domingo o problema foi detectado e o conserto providenciado por funcionários da autarquia. O corpo técnico do Sanep acredita que algum registro está avariado e provocando vazamento embaixo de galeria. Ou seja, algo visualmente difícil de encontrar.
Enquanto as equipes abrem bueiros e verificam redes, os moradores do Porto continuam sem água. Em algumas ruas como a Gomes Carneiro, em direção ao Campus Anglo da UFPel, os moradores se depararam com um novo problema: a água que correu das torneiras estava escura, embarrada. Protestos nas redes sociais foram registrados, assim como postadas fotos de recipientes com a água, que mais parecia café.
Segundo o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, a água barrenta resultou da abertura de um registro para fazer descarga e reforçar a pressão da água. Quando mexeram a sujeira correu pela rede. Uma das tentativas para solucionar a falta d’água, que até deu certo em algumas vias, mas em outras não. Apesar do desabastecimento persistir, continua também a dificuldade de a prefeitura detectar a causa. O fato é que não há um diagnóstico e, embora sejam feitas manobras, o Sanep até agora não conseguiu descobrir a origem do problema.
“É inaceitável a situação. Eu também acho. Não tenho dúvida disso”, comenta Garcia, ao concordar com as queixas diárias dos moradores daquela região. Conforme ele, a abertura do registro na noite anterior, em um primeiro momento, aumentou a pressão na rua João Pessoa, mas não resolveu a situação. Na tarde desta quarta, equipe do Departamento de Bueiros e Galerias estranhou o barulho de água correndo em um bueiro, já que nas três casas da frente nenhuma torneira estava em uso. Parece não haver dúvida de um vazamento que pode estar levando a água para dentro do esgoto. Poderia ter sido provocado pela intervenção na Conde de Porto Alegre. Na rua General Osório não foi, pois já passaram “pente-fino” lá.
O diretor-presidente do Sanep relata ter recebido uma comissão de pessoas e compreender a reação mais exaltada de alguns: “A situação que experimentam é superior ao que conseguem suportar”, concorda. Refuta, no entanto, a hipótese de que novos empreendimentos imobiliários teriam gerado o problema. No caso, o Residencial Simon Bolivar desde fevereiro está ligado a outra rede, que vem pela Tiradentes. De acordo com o engenheiro do Sanep, Eugênio Magalhães, não há como dizer nada com precisão por enquanto. “Eu não sei. É muito insipiente. É um trabalho de campo. Não se sabe onde está o vazamento”, confirma.
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