Continua

Simers prolonga paralisação de atendimentos ao IPE

Instituto, por sua vez, mantém posição de que é baixo o impacto nos atendimentos médicos com o ato do sindicato

Foto: Divulgação - Paralisação iniciou na segunda-feira e irá se estender até o dia 2 de maio

Após três dias de paralisações nos atendimentos aos usuários do IPE Saúde, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) anunciou a prorrogação do ato até 2 de maio, quando uma nova assembleia geral deverá definir novos rumos. Mesmo com o anúncio de que irá apresentar um reformulação do plano, feito na quarta-feira pelo governo do Estado, a entidade mantém as críticas à falta de propostas de melhorias nos repasses aos médicos.

Embora o sindicato não dê números de adesão, a reportagem apurou que o impacto da ação é mínimo nos hospitais de Pelotas. A entidade aponta que consultas e procedimentos eletivos devem ser afetados com a medida, mas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. Já o IPE Saúde diz que os atendimentos continuam normais em seus sistemas e orienta os segurados a buscar alternativas de atendimento no Guia Médico Hospitalar. Hoje, há um total de 6.466 médicos, 244 hospitais, 660 laboratórios e 54 pronto socorros credenciados ao IPE Saúde em todo o Estado. Em Pelotas, são cerca de 280 médicos credenciados.

Em nota, a assessoria do IPE disse que o impacto é baixo. “O Instituto salienta que vem monitorando os atendimentos, que permanecem regulares. O sistema recebe, em média, 11 mil consultas por dia até as 21h. Nos três primeiros dias de paralisação, foram, em média, dez mil consultas registradas por dia.”

O instituto aponta, também, que o governo trabalha na reformulação do plano, que deverá ser apresentada em breve, após o diagnóstico de que há um déficit mensal de R$ 36 milhões, com apenas 56,8% dos 608 mil segurados sendo contribuintes, com valores abaixo dos praticados atualmente no mercado.

Críticas
O presidente do Simers, Marcos Rovinski, afirmou ao Diário Popular que a classe manteve o estado de paralisação após a não apresentação de uma proposta que envolva aumento nos repasses à categoria, algo que não é feito desde 2011. “Os médicos não têm mais condições de manter o atendimento aos usuários pelos valores que tão sendo praticados desde 2011”, aponta. Ele critica que, mesmo em reunião com a Casa Civil do RS na quarta-feira, nenhuma oferta foi feita, como também a participação no conselho de administração do IPE.

Segundo o presidente, o movimento tem “boa adesão”, embora não fale em números. Em Pelotas, a Beneficência Portuguesa e a Santa Casa de Misericórdia mantêm a posição de não ter sentido o impacto da ação. Já o Hospital Universitário São Francisco de Paula não retornou os questionamentos.

A principal demanda, segundo Rovinski, é a atualização dos honorários dentro dos praticados na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Valores como R$ 18,55 por uma visita hospitalar ou R$ 336,01 bruto por um parto, R$ 63 por um atendimento pediátrico, entre outras questões. Ele aponta que os valores são muito discrepantes aos praticados pelo mercado.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Ameaças às escolas: os efeitos para a saúde mental e convivência Anterior

Ameaças às escolas: os efeitos para a saúde mental e convivência

Pelotas registra mais um óbito por Covid-19 nesta sexta-feira Próximo

Pelotas registra mais um óbito por Covid-19 nesta sexta-feira

Deixe seu comentário