A deliberação sobre uma possível greve está na pauta da assembleia geral extraordinária convocada pelo Sindicato dos Empregados em Serviços de Saúde de Pelotas, marcada para esta quarta-feira (14) às 19h, na sede da entidade. A reunião vai discutir a situação dos trabalhadores de alguns hospitais de Pelotas e região que não receberam seus salários de novembro integralmente, alguns nem a primeira parcela do 13º.

De acordo com a presidente do Sindicato, Bianca da Costa, se houver contraproposta das administrações dos hospitais, para celebração de acordo ou convenção coletiva de trabalho, será apreciada na assembleia. Se até então não forem pagos os salários na integralidade, assim como o 13º, poderá ser deliberada greve dos funcionários ligados a algumas instituições.

Estariam com problemas as negociações entre o Sindicato e a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, a Beneficência Portuguesa, o Hospital Espírita de Pelotas, o Hospital de Caridade de Canguçu e o Hospital Ernesto Maurício Arndt, de Morro Redondo. Bianca diz que no caso de Pelotas, a Beneficência, a Santa Casa e o Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) não responderam à proposta de acordo coletivo.
A Santa Casa de Pelotas teria pago 70% do salário de novembro e ainda não teria estipulado uma data para pagar o restante do 13º. O Hospital Espírita não teria pago a primeira parcela do 13º e estaria com o quadro de funcionários deficitário, e a Beneficência Portuguesa teria retirado o adicional noturno.

Os hospitais Universitário São Francisco de Paula e Miguel Piltcher, a Unimed, laboratórios e clínicas fecharam acordo, conforme a presidente do Sindicato, mas não descarta a possibilidade de os trabalhadores virem a fazer operação-tartaruga em solidariedade aos colegas de outras instituições.

Bianca enfatiza que cada hospital tem suas particularidades e dificuldades, mas que a direção do Sindicato está disposta a negociar. Informa que as negociações são individuais, que desconhece uma entidade representativa patronal.