Obras

Três anos depois, duplicação da Cidade de Lisboa deve iniciar

Prevista inicialmente para 2020, obra teve contrato de execução assinado em fevereiro e entrega tem prazo de cinco meses

Foto: Carlos Queiroz - DP - Moradores aguardam há três anos pelas obras no local

Após realização do terceiro processo licitatório, foi selecionada a empresa que será responsável pela execução das obras de duplicação da avenida Cidade de Lisboa, no Fragata. Com o contrato já assinado, o próximo passo é a emissão da ordem de serviço, o que deverá ocorrer nas próximas semanas. A partir disso a empresa tem dez dias úteis para iniciar as obras e o prazo de cinco meses para a entrega.

Completando aniversário de três anos de atraso na entrega da duplicação da via, basta percorrer o local para perceber que a falta que faz a segunda pista e as melhorias previstas. Entre os moradores, persiste a desconfiança sobre a realização da obra prometida há bastante tempo. A insatisfação motivou inclusive o início da formação de uma associação composta de 35 pessoas com o objetivo de cobrar formalmente o poder público. "Já estamos em um processo há quase dois anos de conversa com as secretarias, estivemos reunidos com o secretário Giovan [Pereira, de Obras e Pavimentação], solicitando informação sobre a questão da duplicação", diz o empresário Juliano Reis.

A avenida é um dos acessos a Pelotas pela BR-116, com isso tem intenso fluxo de trânsito de veículos pesados como ônibus intermunicipais e caminhões. Neste sentido, a duplicação serve para garantir mais fluidez, segurança e organização do tráfego. Além disso, a pista dupla acabaria com um problema que é motivo de muitas reclamações: a utilização da parte da via, de chão batido, simultaneamente como estacionamento e "terceira" mão de circulação. Por conta das oficinas mecânicas e revenda de carros, é comum o cenário em que inúmeros caminhões e carros estão enfileirados por toda a extensão sem pavimento.

Morador da Cidade de Lisboa há mais de 30 anos, Reis critica o comportamento dos empreendimentos, apontando um suposto uso indevido da via pública. "A rua foi praticamente tomada hoje, até como situação do pessoal usando da via para alavancar seus negócios." No segmento, é possível notar a confusão entre pedestres, tráfego e veículos estacionados.

Somada a situação, no trecho asfaltado a infraestrutura é precária por conta dos buracos, sendo atingida ainda por alagamentos em períodos de chuva. O quadro preocupante motivou a contratação por parte dos empresários do local da medição da fluxometria de veículos, realizado durante uma semana no ano passado. Conforme levantamento, cerca de 25 mil pessoas passam pela avenida. Além disso, o empresário complementa apontando que foram registrados oito acidentes em 2022. "Entre o trevo de acesso da BR-116 e até o número 1.077, devido aos buracos excessivos na pista."

Fluidez de tráfego

Para Cenira Morales, a principal melhoria ocasionada pela duplicação será a organização do fluxo de trânsito. Atendente de uma padaria local há 22 anos, ela diz que a obra é esperada pela comunidade há vários anos, mas sem nenhuma perspectiva real de sair do papel. "Ia melhorar em tudo, a gente já espera a quanto tempo. Eles falam que vai sair, aí aquela vez que fizeram o trevo, achamos que ia continuar [a pavimentação na segunda pista] e nada."

Etapas do atraso

Prevista para 2020, a duplicação que é fruto de parceria entre a Prefeitura de Pelotas e o governo do Estado passou por inúmeros impasses, envolvendo o processo de licitação, principal motivo para o atraso de três anos.

Com o último edital de seleção publicado no final de 2022, a abertura das propostas das empresas estava marcada para ocorrer no dia 9 de dezembro. A previsão então para o início das intervenções, havendo empreendimentos interessados, seria de 60 a 90 dias, prazo que venceu na semana passada.

O contrato entre o Executivo Municipal e a empresa vencedora da licitação, CH da Costa Pavimentação Ltda, no valor de R$ 3,2 milhões foi assinado em 8 de fevereiro. A partir do que prevê o acordo, ainda em 2023 a obra deverá estar concluída.

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