Assim como os cães, os gatos que vivem dentro de apartamentos também precisam passear. O estilo de vida urbano limita a natureza felina de explorar ambientes e escalar superfícies. Alguns podem se tornar apáticos pela falta de estímulos visuais, ou desenvolver comportamentos agressivos por causa do estresse, e a obesidade entre os felinos é outro problema da falta de exercício, que pode ocasionar doenças cardíacas e diabetes.

A independência e territorialismo dos felinos dificulta seu adestramento, e por serem mais arredios, os gatos se assustam facilmente em locais movimentados e com muito barulho, conta o veterinário Daniel Menezes. Por isso um ambiente calmo e conhecido é a melhor escolha. A coleira utilizada também merece atenção. Deve ser uma peitoral, rente a pele, para que os animais não fujam ou se esganem, ressalta o veterinário. A guia dos gatos é diferente da dos cães, ela é elástica para proporcionar maior liberdade aos animais e evitar que se machuquem. Não pode ser retrátil, pois caso o animal se assuste, pode correr para algum local e ficar pendurado.

As saídas podem ser associadas a petiscos para estimular os felinos, e deve-se começar aos poucos, a fim de que se acostumem a usar os equipamentos. Recomenda-se que a distância seja ampliada gradualmente, respeitando os limites do gato, que podem variar de acordo com a raça e condição física do animal. Se forem treinados desde filhotes, a adaptação acontece de forma mais natural.

Os bichanos gostam de explorar os detalhes do caminho, por isso não devem ser puxados pelos donos. São eles que dirigem o passeio. As caminhadas devolvem a liberdade aos animais, mas sem trazer riscos como ataques de outros animais, atropelamentos ou envenenamentos, pois estão sobre a proteção dos donos e podem aproveitar o mundo externo, saindo de forma controlada e segura.