Educação

Voando alto com a Química

Dois projetos desenvolvidos por alunos do colégio São José são selecionados para feira nacional de iniciação científica

Paulo Rossi -

A disciplina de Química é motivo de desespero a muitos estudantes. Para mudar essa imagem perante os alunos, Greice Sedrez, professora do colégio São José, decidiu desenvolver trabalhos práticos em sala de aula com a intenção de facilitar o aprendizado. Como fruto disso, dois projetos criados por jovens do 8º ano nessas aulas serão apresentados na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), evento de abrangência nacional que ocorre entre os dias 15 e 18 de agosto.

Os alunos foram os únicos pelotenses oriundos do Ensino Fundamental a serem aceitos na feira. “Dá um orgulho!”, diz a professora. Ela conta que a ideia de tornar a matéria algo concreto surgiu para deixar as aulas mais interessantes e diminuir os índices de reprovação. Vendo a potencialidade de alguns projetos, que foram desenvolvidos ao longo de quase dois meses, ela convidou os estudantes responsáveis a se inscreverem no evento. Eles, adolescentes de 13 anos, toparam o desafio na hora e mergulharam no universo da Química. Fora o trabalho feito em casa e na sala de aula, os dois grupos e a docente encontram-se nas tardes de quinta-feira no Laboratório de Química da escola para revisar e aprimorar os trabalhos.

Greice afirma que os projetos foram fundamentais ao entendimento da matéria, especialmente o que trata de atomística. Este tema, segundo ela, é a base de tudo o que eles irão aprender futuramente na disciplina. Chamado de Do abstrato ao concreto: utilizando a criatividade dos alunos para dar forma aos modelos atômicos, o trabalho é da responsabilidade de Isabelle Bermudes, Luisa da Costa e Kailany Damiani. A ideia é montar, usando massa de modelar, os quatro modelos propostos pelos cientistas John Dalton, Joseph Thomson, Ernest Rutherford e Niels Bohr. O projeto foi mostrado aos colegas, que apresentaram significativa melhora no rendimento escolar. Segundo a professora, antes desta explicação apenas 45% dos estudantes compreendiam o conteúdo. Depois, o número chegou a 92%.

O outro trabalho, O cotidiano aliado à apropriação da linguagem científica, foi desenvolvido pelos alunos Ana Flávia Peres, Davi Sousa e Isabella Noguez. Segundo os pesquisadores, a intenção é mostrar que a Química não está somente na sala de aula, mas também no nosso dia a dia. Para isso, eles analisaram as informações que continham nos rótulos de três marcas diferentes de biscoito. Em seguida, pesquisaram o significado de cada elemento e tornaram a linguagem mais acessível.

A feira
A Femic tem o intuito de incentivar a produção científica nas escolas públicas e privadas brasileiras. É realizada anualmente na cidade de Mateus Leme, em Minas Gerais. Além da oportunidade de conhecer outros estudantes e pesquisadores brasileiros, o evento abre portas para outras mostras internacionais. Isto porque seis projetos serão contemplados com credenciais para feiras nos Estados Unidos, no Peru e no Paraguai. Greice classifica a oportunidade como excelente para os alunos. “Eles vão ter uma outra visão de mundo”, acredita.

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