Editorial

Como é bom para o cidadão pelotense ver a Casa do Povo fazendo seu trabalho de forma democrática. Após semanas de impasse, o diálogo prevaleceu e o que se desenhava com uma potencial patacoada histórica de ter potencialmente duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) investigando a questão das denúncias do Pronto Socorro, culminou em um acordo que prevaleceu o bom senso.

Como toda a CPI, a expectativa agora é ver o andamento e se não terminará em pizza. Chama atenção que diferenças ideológico-partidárias foram deixadas de lado, ao menos neste primeiro momento, com um progressista, da ala da direita, Rafael Amaral na presidência, e um psolista, da esquerda, Jurandir Silva, na relatoria, encabeçando juntos a ação. A comissão chega em ano delicado já que é temporada eleitoral e, por isso, há que se ter todo o cuidado para não transformar as sessões apenas em palanque.

Em ano eleitoral, aliás, já se vê muita gente tentando usar qualquer oportunidade de trampolim, seja para aparecer, seja para tumultuar. Em temas que envolvem o bem-estar e qualidade de vida da população, isso só não é bem-vindo, como inaceitável. Tomara que os representantes pelotenses tenham consciência e maturidade para manter uma postura correta durante as semanas que virão.

Faz tempo que Pelotas não tem uma CPI e ainda é difícil prever a postura de cada um. O tema gera bastante discussão, só o Legislativo chegou a ter três proposições de abertura da comissão e, por pouco, não houve uma quarta. Portanto, a tendência é que o assunto renda bastante nas semanas que virão. É importante que os convocados compareçam, falem e deem suas versões da maneira mais fidedigna possível. Tomara!

O tema é dos mais delicados. Não é de hoje que a saúde de Pelotas apresenta problemas e uma denúncia de desvios de verba é apavorante. Gera desconforto na população, desconfiança e principalmente dúvidas, já que as partes envolvidas negam veementemente participação em qualquer esquema. É momento de fazer o trabalho constitucional da CPI, investigar a fundo o que realmente aconteceu e, se identificados culpados e problemas, fazer as denúncias ao Ministério Público e proceder para potencial punição.

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